Uma tradição da família Barcelos Freda se repetirá nesta semana. Assim como quando Taison finalmente conseguiu uma chance no Inter, no começo dos anos 2000, e até mesmo quando se mudou para a Ucrânia, em 2010, a família vai se reunir e enfeitar a casa do guri de Pelotas de verde-amarelo para torcer pelo craque da família. Só duas pessoas não estarão lá: a mãe e o irmão caçula vão comemorar na Rússia.
— É uma honra pra gente só de ele estar na Seleção, mesmo se não jogar — afirma a matriarca do time de 11 filhos e 17 netos.
A viagem de Rosângela e Humbertinho, como é conhecido pelos mais íntimos, começou nesta terça-feira (12). Na mala da "dona Vavá", de 58 anos, não tem mistério:
— Levo erva-mate, porque lá não tem, muita fé em Deus e pronto.
Já o caçula, de 24 anos, promete levar o escapulário e a santinha que sempre o acompanham nos jogos do irmão, atualmente atacante do Shakhtar Donetsk.
— Vamos estar juntos lá, como sempre, e com o apoio da família unida, não tem como não dar certo — comenta Humberto.
Esta é a primeira vez que Taison, hoje com 30 anos, não vai acompanhar em Pelotas uma Copa do Mundo. Mas a tradição da família Freda vai ser mantida, garante a mais nova dentre as irmãs do ex-colorado, Camila, de 26 anos:
— Vamos comprar bandeirinha, colocar camiseta da Seleção e reunir todo mundo, como sempre. Provavelmente lá em casa, que é nosso principal local de encontro quando a mãe não está aqui.
A emoção será em dose dupla para Camila: no próximo dia 17, além da estreia da Seleção Brasileira na Copa, quando o irmão estará pela primeira vez participando do Mundial, ela espera para o mesmo dia o nascimento de seu terceiro filho, o primeiro menino. O nome pode ser significativo para o tio: Ben.
— Quem sabe seja ele seja o "Ben" do Brasil, e nos ajuda a trazer a taça para cá — brinca Camila.