Aos 21 anos, ele é o caçula da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, mas defendeu com entusiasmo de gente grande a escalação confirmada pelo técnico Tite para a estreia contra a Suíça, domingo (17), em Rostov. O time terá Neymar, Philipe Coutinho, Willian e ele. Com tantos atacantes, a pergunta sempre vem, e não seria diferente na sua vez de falar antes da estreia.
— Gabriel, o time não fica muito vulnerável na defesa, com o quarteto de ataque?
A resposta de Gabriel indica uma maturidade até surpreendente, certamente fruto do aprendizado no Manchester City. A resposta dele foi firme, forte, clara e de alguém que acredita no que está dizendo:
— Se os atacantes não marcarem, dá problema. Mas não é o nosso caso. Atacante tem de marcar de verdade, sem ter vergonha disso. Comecei como ponta-esquerda e sempre acompanhei lateral. Nossa força é coletiva. Um carrinho meu pode ajudar tanto quanto um drible ou um passe. Tenho convicção disso. E vou continuar jogando assim. Para fazer gol, a gente tem de roubar a bola. E todos têm de ajudar a fazer isso.
O caçula da Seleção tem cara de bebezão mesmo. Está sempre sorrindo. Nunca um sorriso econômico; é largo. Passa a impressão de estar desarmado, dizendo a verdade. Quando veio a pergunta, sobre o amigo seu que gravou o vídeo fechado na véspera, riu demais:
— Eu sou novo, meu amigo também. Ele nem se deu conta. Aprendeu. Ainda bem que não filmou nada tático no vídeo, só uma cabeçada minha. Aí, eu viria bronca certa!
Gabriel é o artilheiro da Era Tite na Seleção, com 10 gols, seguido de Neymar (9) e Paulinho (7).