Pressão, marcação e contra-ataque rápido. Tudo isso na Vila Belmiro é normal. Se não fosse o Cruzeiro fazendo. Até a metade da segunda etapa, era a Raposa quem protagonizava os lances mais interessantes, até que o Santos reagiu, voltou a trocar passes e achou Vitor Bueno na área, que fez o primeiro do sofrido 2 a 0 ao Peixe contra o time mineiro na estreia de Mano Menezes.
A falta de criatividade do Santos pôde ser explicada com o desfalque de Lucas Lima, ainda com edema na coxa, e por uma apresentação nada convincente de Vecchio, que apareceu menos na partida.
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Aproveitando tudo isso, o estreante Mano tentou dar uma cara diferente ao Cruzeiro. Sacou Ábila e colocou Willian. Ao seu lado, Rafael Sobis para ajudar a marcar e contra-atacar com velocidade. A alteração surtiu efeito e fez os mineiros suspirarem por duas vezes. Na primeira, Willian chegou a deixar Vanderlei na saudade, encobriu o goleiro e esperou a bola entrar, mas Luiz Felipe evitou o gol. Sobis chegou a chutar perto da trave.
Na segunda etapa, Dorival sacou Vecchio e deu lugar a Jean Mota, que procurou passar de pé em pé, em vez de arriscar de longe.
Na paciência e empurrado pelo estádio cheio, o Santos reagiu. Em troca de passes, Caju entrou da lateral para o meio e achou Vitor Bueno livre na área. O camisa 18, que já era cobrado pela torcida por uma sequência de erros, teve frieza para tocar na saída de Fábio e fazer a torcida explodir na Vila Belmiro.
Depois do gol, o Santos manteve a pressão. Victor Ferraz tabelou com Bueno e tentou achar Oliveira na área, mas o lateral Lucas empurrou para as redes e fez contra. Vitória santista, 32 pontos na tabela e pressão também sobre os primeiros colocados. Ao Cruzeiro de Mano, que deu indícios de que está pronto para reagir, resta correr contra o tempo para sair da zona da degola do Brasileirão.