Onde comer em Cambará do Sul

Aos poucos, surgem novas opções de gastronomia em Cambará do Sul. Confira os restaurantes testados por GaúchaZH.

Restaurante do Lago

Localizado à beira de um algo e debaixo do Cambará Eco Hotel, o restaurante tem pratos assinados pelo chef Marcos Babier. A decoração é bem aconchegante, com cara de casa de vovó – há sofás, poltronas, lareira, piano e estantes de livros, também usados pelos hóspedes.

Peça o prato du cheff (R$ 51, truta fresca grelhada com molho de champignon, uvas passas, cream cheese, creme de leite, alcaparras e farofa de pinhão, aligot – purê com queijo – e batata gratinada com queijo e cenoura ralada) e um suco colonial (R$ 8). Na sobremesa, opte pela creme brulée com geleia de frutas vermelhas (R$ 17).

À noite, a família do chefe toca harpa, violino e piano. Enquanto o prato fica pronto, dê um passeio pelo lago.

A Taberna

Por baixo do tampão de vidro das mesas, surgem pinhões, chá de marcela e rolhas. Neste restaurante mais arrumadinho, a especialidade são o camarão na moranga (R$ 140, para duas pessoas) as panquecas (entre R$ 24 e R$ 35), que servem bem uma pessoa e cujos nomes são sinônimos para a palavra "cabana", e os risotos (de R$ 28 a R$ 35). Experimente o risoto Cabana Café (R$ 30, salmão, copa, queijo e geleia de fisális, com salada de alface roxa e cenoura). Para beber, invista na carta de vinhos (a partir de R$ 65 os chilenos ou o colonial, por R$ 25 a garrafa e R$ 7 a taça) ou nas cervejas artesanais (de R$ 7 a R$ 52). Na sobremesa, prove a ultradoce panqueca palhoça (R$ 28, com chocolate, geleia de mirtilo e morango).

Alma RS

O sofisticado restaurante do Parador Casa da Montanha serve comida sazonal focada na culinária gaúcha. Sente-se na janela para visualizar os campos de altitude, com suas coxilhas e araucárias típicas dos Aparados da Serra. No cardápio de madeira, o valor dos pratos varia entre R$ 40 e R$ 80, e das sobremesas, entre R$ 20 e R$ 30. Pedimos um risoto de cogumelos selvagens com nozes (R$ 60), uma à la minuta campeira (R$ 55, entrecot grelhado na manteiga de tomilho, batatas rústicas, ovo caipira estalado e farofa de erva mate) e um macarrão serrano (R$ 40, macarrão artesanal, molho de queijo serrano, tomates cereja marinados e manjericão fresco). É bom reservar com antecedência.

Du Perau

Uma das poucas opções mais descoladas de Cambará, o Pub du Perau tem uma vibe rock – a decoração traz discos de bandas e cartazes com uma atmosfera contestadora ("não temos wi-fi, brinque com o gato"). Na noite que fomos ao local, ouvimos Linkin Park e Led Zeppelin. A especialidade da casa é o hambúrguer tropeiro (R$ 23, pão, rúcula, tomate, hambúrguer de linguiça, queijo colonial e batata rústica com molhos) e os chopes – peça um Porter (R$ 11). Sábado à noite tem música ao vivo.

Máquina do Tempo Pub

Já que a viagem se propõe uma pausa na rotina, aproveite e faça uma viagem no tempo até a década de 1980. O pub foi aberto em 2016 por Che Wodarski, ex-dono do porto-alegrense La Estación, e sua esposa, a jornalista Patrícia Lemos, que vieram passar um Réveillon em Cambará e não quiseram largar a cidade.

A atmosfera ali é de nostalgia – mesmo se o turista não viveu na época do Fofão, do Robocop, do Topo Gigio ou do Bozo. A trilha sonora varia de Roxette a Raul Seixas e Balão Mágico, o apoio para copo de cerveja é um disquete, e mesmo o cardápio é um pouco uma festa de criança. Peça a pizza Dedé (R$ 25, de calabresa) ou o polegar vermelho (R$ 18, espaguete ao sugo com filé mignon), a caipirinha (R$ 13) e o bem servido brigadeiro de colher (R$ 12).

Aos sábados à noite, há shows – por lá já passaram Frank Jorge, Carlinhos Carneiro (Bidê ou Balde), Fabricio Beck (Vera Loca), Leo Henkin (Papas da Língua) e Diego Lopes (Acústicos & Valvulados).

Café do Vô Marçal e Artesanato da Vó Maria

Localizada dentro do cânion do Itaimbezinho, a casa de madeira foi construída por um casal de tropeiros e agricultores em 1945, acostumados a abrigar viajantes. Hoje, os herdeiros preservam o recinto tal como era antes – sem eletricidade, só com fogão a lenha – e abrem as portas para turistas. É uma viagem no tempo e um respiro para a correria do dia a dia, além de oportunidade para ouvir as histórias de quem se criou longe da civilização. A dica é pedir um pastel de pinhão (R$ 8) ou um almoço campeiro (R$ 25, mediante reserva). GaúchaZH contou, em reportagem especial, a história bacana deste lugar.

Sabores da Querência

Vale dar um pulo nesta loja de geleias artesanais na estrada a caminho do cânion do Itaimbezinho, a três quilômetros do centro de Cambará. O local é administrado pelo casal Vico e Claudia – em uma mesa, uma velha bota de trilha se transformou em um vaso de flores. Os produtos são naturais, sem condicionantes químicos, com frutas cultivadas na própria fazenda.

Os pontos altos são as geleias de amora, framboesa, mirtilo, bergamota, laranja, fisális e manjericão. Para quem prefere salgados, há antepastos de abobrinha, berinjela, pimenta e alecrim. Na dúvida, peça dicas de harmonização – uma colherada de geleia de amora, por exemplo, cai bem em uma taça de espumante. O preço das compotas varia de R$ 17 a R$ 23. Uma das geleias encontramos dias depois, em uma creme brulée provada no Restaurante do Lago. Quem quer fazer uma refeição pode fazer reservas antecipadas.

Galpão Costaneira

Em dois andares, o galpão de madeira ao estilo nativista serve, há 16 anos, comida campeira em panelas de ferro colocadas em fogão à lenha. Por debaixo das tampas de vidro das mesas, bilhetes em guardanapo mostram elogios de clientes. Os bancos são retangulares, bem ao estilo de CTG. No cardápio, feijão mexido, polenta, carne de gado (deliciosa) e de galinha de panela, e vegetais em conserva. No sábado à noite e no domingo ao meio-dia, há música gaúcha com sanfoneiro. Para beber, peça o suco de laranja (R$ 5).