Não basta levar o filho à escola. O compromisso dos pais vai além disso: é preciso entrar no ambiente escolar e vivenciá-lo. Já à escola cabe a tarefa de estimular esses espaços de participação.
E, nesta soma, quem vai acabar ganhando são os alunos. Para a psicopedagoga e mestra em Educação Rosanita Moschini Vargas, quanto mais os pais estiverem envolvidos com a vida escolar do filho, melhor será o seu desempenho acadêmico, além de emocional.
— O primeiro ambiente social da criança é a família e o segundo é a escola. Quando existe essa proximidade entre família e escola, cria-se uma rede de colaboração e proteção. A criança percebe que os pais confiam na escola — destaca Rosanita, que atua como orientadora educacional e é vice-presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Seção RS.
Conforme ela, as instituições de ensino podem favorecer essa aproximação por meio das associações e círculos de pais e mestres. Vale ainda promover espaços de envolvimento como eventos, atividades de convivência, formações, palestras e oficinas.
O importante é que a comunicação seja fluida, reforça. Nas escolas, as vantagens de ter os pais próximos ficam evidentes e colaboram para um objetivo comum, que é a formação integral do aluno.
Por isso, para a diretora do Colégio Santa Inês, irmã Celassi Dalpiaz, é preciso que família e escola estabeleçam uma relação de reciprocidade.
— Porém, precisamos ter claro o que compete a cada uma das instituições: a família educa e a escola auxilia na educação e escolariza — pondera.
Já no Colégio Anchieta, a importância do vínculo entre família e escola recebeu reforço especial em 2006, quando foi criada a Rede de Pais.
Para a orientadora educacional do Anchieta da Educação Infantil ao Ensino Médio, Isabel Tremarin, a rede proporcionou maior diálogo e trouxe os pais para participarem da missão educativa.
Essa percepção de educação compartilhada foi fundamental quando a advogada Débora Muletaler Scherer, “mãe de três anchietanos”, como ela define, foi escolher a escola para o primogênito Henrique, que se formou no Anchieta em 2021.
— A gestão da escola é colaborativa. Nos sentimos partícipes no processo educacional. Percebemos que não somos meros contratantes de um serviço, somos parte relevante, corresponsáveis pelo desenvolvimento e acompanhamento da aprendizagem integral — relata Débora, mãe de Arthur, 14 anos, e de Catarina, seis anos, além de ser presidente da Associação de Pais e Mestres do Colégio Anchieta.(APM).
*Produção: Padrinho Conteúdo