Após reunião com a prefeitura na manhã desta quinta-feira (16) e realização de assembleia geral, os professores da rede municipal de Guaíba decidiram pela manutenção da greve por tempo indeterminado. Durante a manhã, a prefeitura havia apresentado duas novas propostas de reajuste salarial e no vale-alimentação, que foram recusadas pela categoria.
A movimentação dos professores em frente a sede da prefeitura começou ainda no início desta quinta-feira. Na reunião, o Poder Executivo rejeitou a contraproposta apresentada pelo Sindicato Municipal dos Professores de 14,95% de aumento e acréscimo de 300 reais no vale-alimentação.
No entanto, a prefeitura de Guaíba apresentou duas novas propostas – 5,6% (reposição da inflação dos últimos 12 meses) de reajuste no salário e um vale-alimentação de R$ 600,00 ou 6% de reajuste nos salários e um vale-alimentação de R$ 550,00. De acordo com o município, a mudança no valor do vale-alimentação envolveria uma atualização de 90% e 75%, respectivamente.
Na assembleia, os professores acabaram rejeitando as duas propostas. Com a manutenção da greve, o sindicato afirma que mais de 9 mil, dos cerca de 10 mil estudantes da rede municipal, seguirão sendo afetados.
Ainda segundo o sindicato, outras categorias do funcionalismo municipal teriam confirmado adesão à paralisação a partir desta quinta-feira. A entidade afirma também que a prefeitura comunicou o encerramento das negociações e que só voltará a discutir o tema em setembro.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata, ressaltou que paga em dia os servidores e que nenhum professor do município recebe abaixo do piso nacional.
— Fizemos um esforço enorme e muitos cortes no orçamento para chegar a estas duas propostas, seriam cerca de R$ 15 milhões em investimento. Essa mesma proposta apresentamos para os servidores do quadro geral — ressaltou.
A prefeitura confirmou que não irá apresentar novas propostas e dá como encerrada as negociações.