O governo do Estado anunciou nesta quinta-feira (3) o aumento no valor repassado por aluno para a merenda escolar das instituições de ensino estaduais. A partir do ano letivo de 2022, o programa Merenda Melhor transferirá R$ 0,80 centavos para cada aluno por refeição, o que representa um reajuste de R$ 0,50 ao valor inicial que era, até então, de R$ 0,30.
A mudança no valor eleva em 166% o valor investido pelo Estado na alimentação de cada estudante. Além do repasse estadual, a composição da compra da merenda escolar também engloba R$ 0,36 do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Assim, o total por aluno passa a ser de R$ 1,16.
O anúncio da mudança no valor repassado ocorreu na Escola Estadual de Ensino Médio Santa Rosa, em Porto Alegre, e contou com a participação do governador Eduardo Leite.
Conforme a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), com este aumento no valor, será possível oferecer refeições quentes todos os dias da semana e não mais alimentos como pães e bolachas, como vinha ocorrendo.
— O Brasil está passando por um momento difícil, o repasse do governo federal está congelado desde 2017, e as crianças precisam desta alimentação. Este é um programa do governo do Estado que busca atender demandas educacionais, nutricionais e sociais em um momento extremamente importante — reforçou a secretária estadual da educação, Raquel Teixeira.
Também foi divulgado que, para as escolas localizadas em ambientes mais vulneráveis, será implantado o cardápio com duas refeições por turno. A ação começará pelas 45 instituições de ensino que integram o programa RS Seguro a partir do primeiro semestre de 2022, com expansão gradual a todo o Estado ao longo do ano.
Ainda de acordo com a Seduc, o cardápio das refeições seguirá sendo elaborado por uma nutricionista do órgão, contemplando a utilização de gêneros alimentícios básicos e com respeito aos hábitos alimentares locais e culturais e a tradição alimentar de cada localidade.
Os cardápios atendem aos estudantes com necessidades nutricionais específicas, como doença celíaca, diabetes, hipertensão, anemias, alergias e intolerâncias alimentares, entre outras. Assim como atendem as especificidades culturais das comunidades indígenas e/ou quilombolas.