A edição de 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi encerrada neste domingo (28) com a participação, nos dois dias de provas, de 70,1% dos 3,1 milhões de inscritos em todo o Brasil. Em apresentação do balanço do segundo dia de aplicação, o Ministério da Educação (MEC) destacou que a ausência de 29,9% dos candidatos representa um retorno à média história de abstenção, após um 2020 atípico.
— Mesmo ainda em meio a uma pandemia, mantivemos a série histórica. Quem teve algum problema de logística ou intercorrências também terá uma nova oportunidade de reaplicação — destacou o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas Ribeiro.
Em 2020, mais da metade (51,5%) dos candidatos inscritos não compareceu aos locais de aplicação nos dias de prova. Na época, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, culpou "o medo a respeito da contaminação" e a "mídia", que, segundo ele, fez um trabalho contrário ao Enem.
O resultado do Enem será divulgado no dia 11 de fevereiro. Para treineiros, o resultado sai 60 dias depois. Nesta edição, o exame oferece 1,2 milhão de vagas, sendo 708 mil em universidades federais e o restante em instituições privadas, por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni) e do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).
Os gabaritos têm previsão de divulgação nesta quarta-feira (1º).Enquanto isso, os candidatos podem conferir os gabaritos extraoficiais feitos por GZH, em parceria com o MeSalva!.
Reaplicação
Pedidos de reaplicação já podem ser feitos na Página do Participante, desta segunda (29) até sexta-feira (3/12). Em caso de pessoas que se ausentaram por problemas de saúde, como contaminação ou sintomas de covid-19, é preciso anexar, no portal, um atestado. A reaplicação ocorrerá nos dias 9 e 16 de janeiro de 2022.
O Enem 2021 ocorreu em meio a dúvidas quanto a uma possível interferência do governo federal nas questões elaboradas para a prova. Durante a divulgação do balanço, o ministro da Educação afirmou que a análise das perguntas demonstra que não houve intervenção.
— Quando me interpelaram sobre essa possível interferência, eu disse que precisaríamos primeiro esperar o resultado das provas que, aí sim, eu estaria pronto para responder a respeito. A realização do Enem foi a resposta para essa dúvida: quando os especialistas tiveram acesso às perguntas, verificaram que elas seguem o mesmo padrão dos outros anos — defendeu Ribeiro.
O ministro ressaltou, ainda, a celeridade dos Correios na logística de entrega das provas. A distribuição para 1.747 municípios brasileiros, de acordo com o presidente da empresa pública, teve rapidez recorde: levou duas horas e 41 minutos.