Os sistemas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre os quais as plataformas Lattes e Carlos Chagas, seguem fora do ar há nove dias. O "apagão" gera preocupação em cientistas em todo o país, que temem perda de dados e atrasos na liberação de auxílios. O CNPq, por outro lado, afirma que há backup das informações e que os pagamentos dos bolsistas estão garantidos.
Em nota publicada nesta segunda-feira (2), o conselho informou que a verificação completa no equipamento que apresentou os problemas responsáveis pelo apagão dos sistemas continua em andamento. Anteriormente, havia uma previsão de retomada do funcionamento nesta segunda.
"Essa verificação envolve uma série de testes, que foram realizados ao longo de todo final de semana, com pontuais instabilidades que estão sendo ajustadas para restabelecer a capacidade completa do storage", disse o CNPq.
O órgão ressaltou ainda que, para garantir a segurança, a estabilidade e o bom funcionamento do equipamento, optou por estender os testes até ser possível oferecer um cenário seguro para a disponibilização dos sistemas. Não especificou, porém, qualquer previsão de conclusão desses testes.
"Os novos calendários serão divulgados assim que restabelecermos os acessos", afirmou o CNPq, destacando, além disso, que os pagamentos dos bolsistas estão garantidos. "Reforçamos que os dados estão resguardados tanto no equipamento em uso quanto no novo equipamento, como backup."
Ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, o CNPq é uma entidade responsável pelo fomento à pesquisa e pelo pagamento de bolsas a cientistas brasileiros. Cerca de 80 mil pesquisadores brasileiros são financiados com recursos do CNPq.
Os sistemas do conselho dão acesso aos currículos Lattes de milhares de pesquisadores, documentos usados para concorrer a bolsas e pleitear recursos para projetos, e são utilizados para gerenciar uma plataforma para pagamento de bolsas aos cientistas, a Carlos Chagas.