Depois de um mês interditada, a Escola Estadual de Ensino Médio Diogo Penha, em Balneário Pinhal, reabriu os portões nesta segunda-feira (5). Cerca de 600 alunos puderam voltar à rotina escolar após o recesso de inverno. A liberação, realizada pelo Corpo de Bombeiros, ocorreu no domingo (4), segundo a diretora da escola, Vanderli Oliveira.
Em 5 de julho, as atividades foram suspensas após forte ventania que abalou a estrutura do ginásio. A área destinada aos esportes não era utilizada desde 2013, devido à deterioração do prédio. Com o risco iminente de desabar, os bombeiros apontaram medidas de isolamento do ginásio e do pátio. A escola apresentava problemas no Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI), além da interdição total do ginásio.
— As aulas de Educação Física estão comprometidas até o Estado apresentar uma solução — diz Vanderli.
Reparos
A instituição de ensino dependia de uma verba emergencial do Estado para atender aos requisitos mínimos de segurança estipulados pelos bombeiros: colocação de extintores de incêndio, indicações de saídas de emergência e iluminação, treinamento de prevenção e combate a incêndios e laudo técnico de um engenheiro, atestando a segurança e o isolamento do ginásio.
— Os primeiros ajustes foram feitos dentro do prazo. Mas seguimos apreensivos, pois, de acordo com Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado dia 31 de julho, temos até o final de agosto para apresentar os demais ajustes — explica a diretora.
Segundo ela, para que a escola não volte a ser interditada, precisarão ser trocadas as portas e o portão, além de feitos reparos na central de gás. Conforme o chefe administrativo da 11ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Rodrigo de Oliveira Firme, os ajustes do PPCI pendentes serão encaminhados nos próximos dias:
— Estão em fase orçamentária. Depois de concluída essa parte, abriremos um processo, e o recurso será enviado. Estamos no prazo e trabalhando para que o restante também ocorra dentro do previsto.
Incerteza do futuro
A comerciante Raquel Siqueira, mãe de aluna do Ensino Fundamental, estava com receio de que a escola não voltasse a funcionar na data prevista:
— Transferi minha filha para uma escola da cidade vizinha. Estava tudo muito incerto e preferi que ela não perdesse mais aulas, pois a escola segue com parte interditada. Infelizmente, optei por essa decisão.
Segundo Raquel, o trajeto da filha aumentou em 30 quilômetros. Outra mãe, que pediu para não ser identificada, está menos apreensiva:
— A recuperação das aulas perdidas está projetada para os próximos dias.
Regularização da escola até o fim do mês
A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) confirma que o TAC foi assinado em 31 de julho, ou seja, a partir dessa data, os prazos para a entrega das reformas começaram a valer, incluindo todos os itens pendentes do PPCI. A Seduc garante que os prazos serão cumpridos.
Sobre a situação do ginásio, a Seduc afirma que "o governo do Estado, conforme o TAC, tem até 27 de dezembro para informar, através do laudo da 21ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop), se opta pela demolição ou reconstrução do ginásio". Sendo assim, não há previsão da obras antes da data citada no documento.