Alunos da rede pública que sonham em fazer um intercâmbio têm a oportunidade de viver essa experiência por meio da 18ª edição do Programa Jovens Embaixadores. A iniciativa é do Departamento de Estado norte-americano e, no Brasil, é coordenado pela embaixada norte-americana. Para participar, é preciso ter nacionalidade brasileira, idade entre 15 e 18 anos, ser aluno do Ensino Médio na rede pública, ter boa fluência oral e escrita em inglês, ter pouca ou nenhuma experiência no Exterior e nunca ter viajado aos EUA, ter excelente desempenho escolar, estar atualmente engajado em iniciativa(s) de impacto social em suas comunidade por pelo menos seis meses e ter renda familiar per capita mensal de até um salário mínimo.
A seleção é composta por análise de perfil, prova escrita e teste oral de língua inglesa. Depois disso, ocorre a seleção nacional. Os selecionados passarão três semanas nos Estados Unidos participando de atividades como oficinas sobre liderança e empreendedorismo, projetos de empreendedorismo social e reuniões com representantes do governo. Além disso, irão viajar pelo país, onde serão hospedados por família voluntárias, frequentar escolas da região e realizar apresentações sobre o Brasil.
O programa cobre todas as despesas, o participante arca apenas com o custo do passaporte, caso não tenha. O embarque dos vencedores será no início de 2020. Os interessados podem se inscrever até 11 de agosto neste site. O edital pode ser conferido neste link.
A estudante Isabelli Borba, 18 anos, de Dom Pedrito, foi uma das selecionadas para o programa da última edição, que teve 17 mil inscritos e 50 selecionados, sendo dois gaúchos. Ela embarcou para os Estados Unidos no dia 12 de janeiro e conta que, na primeira semana,os participantes ficaram hospedados no Centro de Conferência Internacional 4-H e tiveram uma agenda cheia de atividades e workshops, além de contato com jovens de outros países que estavam hospedados no mesmo local.
— As atividades eram sempre voltadas para liderança, voluntariado e justiça social. Também visitamos uma High School e uns trabalhos voluntários — comenta.
Na segunda semana de intercâmbio, os 50 selecionados se dividiram em quatro grupos, o grupo no qual Isabelli fazia parte foi para a cidade de Reno, em Nevada. Lá, eles ficaram hospedados em casas de famílias, tendo contato direto com a cultura americana, além de participar de atividades do programa.
Já na última semana, todos os selecionados se reuniram novamente em Washington DC, onde tiveram um encontro com os representantes do Departamento de Estado dos EUA. Para encerrar, os participantes fizeram um tour pela cidade e apresentaram os projetos que desenvolveram em suas comunidades. Sobre a oportunidade, Isabelli conta que o programa proporciona uma experiência que um "turista comum" não vive, porque além de visitar os pontos turísticos e lugares bonitos, também é possível conhecer a vida de um americano e os problemas que todos os países enfrentam.
— O Jovens Embaixadores foi de longe uma das melhores experiências da minha vida. O programa é tão intenso que em apenas três semanas é possível criar laços fortíssimos com todos os participantes. Essa experiência nos ajudou a valorizarmos mais o nosso país, além de desenvolvermos muito o autoconhecimento, e diversas outras habilidades adquiridas durante as atividades — relata a estudante.
— Eu, particularmente, acredito que a educação e o conhecimento são capazes de mudar o mundo, e sem dúvidas o programa proporciona tudo isso e ainda mais a quem participa. Também percebemos que não estamos sozinhos e que nunca é errado sonhar, e que devemos correr atrás dos nossos sonhos mesmo com todas as dificuldades — completa.