O vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) teve início neste domingo (6). São 28.502 candidatos inscritos na disputa para as 4.017 vagas ofertadas para os 90 cursos de graduação oferecidos. Na primeira prova, os vestibulandos enfrentaram a primeira maratona de 75 questões objetivas, de múltipla escolha, com perguntas sobre física, literatura e língua estrangeira.
Para o professor de Física Ênio Kaufmann, do curso pré-vestibular Unificado, as questões deste ano estavam bem mais difíceis do que as dos dois últimos anos. Ele observa que a banca realizadora elaborou entre sete a oito questões complexas, sendo que nas edições passadas esse número girava entre duas e três.
– Isso é incomum em uma prova da UFRGS. Certamente, a média vai baixar em relação ao ano anterior. E destaco uma curiosidade: nos últimos 30 anos, é a primeira vez em que não tem uma questão sobre eletrodinâmica (corrente elétrica) – afirma Kaufmann.
Nas 25 questões destinadas à literatura, Pedro Gonzaga, professor de Literatura do Unificado, diz que pesaram as leituras obrigatórias. Isso porque 23 perguntas, entre as diretas e as indiretas, estavam ligadas ao livros que os vestibulandos deveriam ter lido. Ele destaca como ponto negativo da prova a imprecisão nos enunciados:
– No mínimo, duas questões, uma sobre o livro Continente, de Erico Verissimo, e outra sobre o Morangos Mofados, de Caio Fernando Abreu, apresentavam redação confusas.
Para o professor de Espanhol Carlos Castillo, também do Unificado, a prova manteve o mesmo padrão dos anos anteriores, com questões de gramática e interpretação de texto. Ele afirma que o aluno que estudou pode ter se dado bem, já que a prova apresentou nível médio.
– A única polêmica é em relação à questão 67 que tem duas respostas na minha opinião. a UFRGS deu como correta no gabarito a opção C, mas a D também pode ser aceita _ diz Castillo.
