O ano começa com oportunidades para quem deseja entrar ou se recolocar no mercado de trabalho em 2019. A Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) está oferecendo 2.945 vagas de emprego, além de 316 oportunidades destinadas a profissionais com deficiência. As ocupações com os maiores números de vagas são alimentador de linha de produção (386), vigia (154), operador de caixa (139), motorista de caminhão (109), trabalhador no cultivo de árvores frutíferas (109) e vendedor de comércio varejista (97).
Do total de 2.945 vagas abertas no Rio Grande do Sul, 58% das oportunidades de trabalho não exigem experiência e 30% não exigem escolaridade. Com relação à escolaridade, 26% das vagas exigem Ensino Médio completo e 23% pedem Ensino Fundamental completo. Os interessados devem comparecer com a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em uma das agências FGTAS/Sine. Os endereços podem ser conferidos neste site.
Já no Sine Municipal de Porto Alegre, que fica na esquina das avenidas Mauá e Sepúlveda, no Centro Histórico, são mais de 240 vagas para ampla concorrência, além de 250 para pessoas com deficiência, de acordo com o diretor do Trabalho, Emprego e Renda, Leandro Balardin.
O movimento no local foi grande na manhã desta quarta-feira (2). A alta procura se deve ao grande número de vagas e também porque segunda e terça não houve expediente.
As oportunidades são para áreas como construção civil, gastronomia e comércio. Entre 8h e 10h da manhã desta quarta-feira (2), 300 pessoas haviam retirado ficha para atendimento. Havia no local uma empresa realizando entrevistas para 30 vagas de porteiro, zeladoria e serviços gerais.
— Muita gente deixou de vir na véspera de Natal e Ano-Novo, para participar dos festejos, e, agora, no início do ano, vai em busca de trabalho — afirma Leandro.
Luís Carlos Rogério, 51 anos, estava entre as centenas de trabalhadores em busca de oportunidade. O morador do bairro Restinga está concluindo o Ensino Médio e fazendo curso técnico em agroecologia pelo Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica, na Modalidade de Jovens e Adultos (Proeja). Busca oportunidade na área de zeladoria, ramo em que atuou por seis anos.
Pessoas mais jovens também estavam na fila, na expectativa de começar o ano inseridos no mercado de trabalho. É o caso de Ketlyn dos Santos Pereira, 19 anos, que tem o Ensino Fundamental completo. A moradora do bairro Mario Quintana tem experiência como empacotadora em supermercado e fez bicos como limpeza e auxiliar de cozinha.
— Espero conseguir um serviço nesse ano — diz ela, que está sem emprego há dois anos.
Desempregado há mais de cinco anos, o morador do Morro da Cruz Júlio César Moreira Pacheco, 49 anos, estava em busca de uma oportunidade como porteiro ou zelador. Ele tem encontrado a saída no trabalho informal, os famosos bicos, mas se mostra positivo nesse novo ano que acabou de chegar:
— Faz tempo que tô procurando, não tô conseguindo nada, mas tô achando que vai dar certo agora.