De tempos em tempos novas revoluções emergem. Revoluções capazes de mudar tudo, do modo como trabalhamos ao modo como nos relacionamos, portanto, à medida que o mundo se torna mais complexo, as velhas regras já não se aplicam mais. E, para não insistirmos em modelos obsoletos é importante entender a transição em várias áreas da vida e do trabalho. Vivemos hoje um momento ímpar de ruptura.
Quatro são as razões que considero essenciais para essa ruptura: a velocidade da mudança; a integração das coisas e a conectividade cada vez maior; a comunicação global que a internet proporciona; e a nova mentalidade da economia do compartilhamento, que contribui não só para nossa sobrevivência, mas como sairmos ainda melhores das crises econômicas.
Em meio ao impacto destas mudanças em todas as áreas da vida, inclusive o impacto direto no trabalho e no trabalhador, fica a pergunta: "Para onde vai o emprego?"
Para compreendermos qual será o futuro dos empregos, precisamos compreender que estamos vivendo a quarta revolução industrial, em debate nos mais atualizados fóruns mundiais, que é caracterizada pelas implicações do mundo digital: o avanço da robótica como tendência para realizar tarefas com precisão mundial (robótica é a utilização de máquinas para mover peças, ferramentas em movimentos programados) e da economia compartilhada (uso de aplicativos como waze que compartilha informações), que modificam o sistema de produção, distribuição e consumo.
A humanidade levou muitos anos para passar do sistema agrícola para o industrial. Já a migração para a era da informação levou apenas dois séculos. A atual transição tem duração prevista de 50 anos e deve concentrar uma quantidade de inovações avassaladoras como:
1. O avanço da inteligência artificial
A Inteligência artificial iniciou os estudos nos anos 50 com Hebert Simon e Allen Newell e é um ramo de pesquisa da ciência da computação, que busca construir mecanismos ou dispositivos que simulem a capacidade do ser humano de pensar e resolver problemas, ou seja, ser inteligente. A intenção é criar um computador que simule a vida de um ser humano.
O desejo de criar máquinas capazes de reproduzir a capacidade humana não só de pensar, mas sentir, ter criatividade, aperfeiçoamento e uso da linguagem, que através de robôs realizam o trabalho dos humanos.
Estudos nesta área já surtiram efeitos em programas computadorizados para diagnósticos médicos, máquinas industriais e agrícolas, carros que não precisam de motoristas, jogos inteligentes... A China já anunciou sua entrada em uma grande pesquisa para entender engenharia do cérebro humano e sua conexão com as máquinas.
2. Cérebros artificiais Microsoft e Google tentam criar cérebros artificiais
A União Europeia, Estados Unidos, Japão e Israel igualmente estudam os neurônios com o objetivo de controlar doenças mentais, mas também para nos tornar mais inteligentes. As aplicações são inúmeras. Seremos integrados com a máquina, o que significa que poderemos nos transformar em grandes gênios. Claro que isso traz ameaças.
A grande tendência mundial é que boa parte do trabalho físico e mental passará a ser cada vez mais operado pela máquina. Mesmo no melhor dos cenários, o desemprego estrutural no médio prazo é uma certeza, pois não haverá trabalho, haverá menos vagas. "É hora de dizer a verdade àqueles que não terão emprego: reinventem-se."
É obrigatório que profissionais de todas as áreas busquem aperfeiçoamento para profissões tradicionais. O coach de carreira, e assessment (mapeamento de perfil) com profissionais especializados, é indicado para apoiar em momentos de transição.