Quem fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 já pode saber a sua nota. Os resultados individuais de desempenho na prova foram divulgados por volta das 11h30 desta quarta-feira no site do Inep. Para ter acesso às notas, basta ao participante informar o CPF e a senha cadastrada no ato da inscrição. Com o grande número de acessos ao mesmo tempo, o portal está instável e a maiora dos candidatos não está conseguindo consultar a nota do exame.
Ao acessar a página, os candidatos podem conferir quanto tiraram em cada uma das quatro provas do exame: ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática. Também terão acesso à nota da redação, cujo tema foi a intolerância religiosa no Brasil.
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A correção do Enem é feita com base na metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), que não estabelece previamente um valor fixo para cada item. O valor de cada questão varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele item. Assim, um item que teve grande número de acertos será considerado fácil e, por essa razão, valerá menos pontos. O estudante que acertar uma questão com alto índice de erros, por exemplo, ganhará mais pontos por aquele item.
No final do ano passado, cerca de 6 milhões de candidatos fizeram o Enem em todo o país. As notas da prova podem ser usadas para pleitear vagas no ensino superior público pelo Sisu, bolsas no ensino superior privado pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Além disso, os candidatos com mais de 18 anos podem usar o Enem para receber a certificação do ensino médio.
A maior nota do Enem de 2016 foi registrada em matemática e suas tecnologias (991,5); a mais baixa, em linguagens e códigos e suas tecnologias (287,5).
Em ciências humanas e suas tecnologias, a maioria dos participantes (2.867.265) alcançou notas entre 500 e 600 pontos. Apenas 600 tiveram notas entre 800 e 900. Tiveram nota zero 1.804 estudantes. A média nacional foi de 536.
Em ciências da natureza e suas tecnologias, a maioria dos participantes (3.234.551) atingiu notas entre 400 e 500 pontos. Apenas 632 obtiveram notas entre 800 e 900 e 3.109 tiraram zero. A média nacional foi de 482,3.
Em linguagens e códigos e suas tecnologias, a maioria (2.898.637) teve notas entre 500 e 600 pontos. Apenas um participante ficou entre 800 e 900 e 3.862 tiveram zero. A média nacional foi de 523,1.
Em matemática e suas tecnologias, a maioria (2.430.115) obteve notas entre 400 e 500 pontos. Apenas 3.747 ficaram entre 800 e 900 e 5.734 tiveram zero. A média nacional foi de 493,9.
Na prova de redação, a maioria dos participantes (1.987.251) conseguiu notas entre 501 e 600. Apenas 77 conseguiram nota mil. A nota zero ou a anulação da prova foi para 291.806 estudantes. Das anuladas, a maioria (206.127) resultou de não comparecimento ao segundo dia ou apresentação da redação em branco. Das redações que tiraram zero, os principais motivos foram fuga ao tema (46.874), parte desconectada (13.276), cópia de texto motivador (8.325), texto insuficiente (7.348) e não atendimento ao tipo textual (3.615). Por ferirem os direitos humanos, foram anuladas 4.798 redações.
Certificação do ensino médio
Apenas 79.814 (7,7%) dos 1.033.761 que pediram certificação do ensino médio por meio do Enem atingiram a nota mínima em todas as áreas, de 450 nas provas objetivas e 500 na redação. No caso do Enem para pessoas privadas de liberdade, 3.620 (6,7%) dos 42.331 que solicitaram a certificação vão obter o diploma.
Ausências
Dos 8.630.306 inscritos, 2.518.976 (29,19%) ausentaram-se no primeiro dia de provas e 2.667.899 (30,91%), no segundo dia. Considerados os dois dias, foram 2.494.294 (28,90%) faltantes. Além disso, 3.942 (0,05%) foram eliminados no primeiro dia e 4.780 (0,06%), no segundo. Em função das ocupações em escolas e universidades, 265.412 (3,08%) inscritos tiveram a aplicação postergada. A maioria das eliminações no Enem 2016 ocorreu em função de:
– 44,35% por não marcar o tipo de prova e não escrever a frase ou marcar mais de um tipo de prova e não escrever a frase.
– 19,77% por portar lápis, caneta de material não transparente, lapiseira, borrachas, livros, manuais, impressos e anotações.
– 9,10% por ausentar-se da sala de provas sem o acompanhamento de um aplicador, ou ausentar-se em definitivo antes de decorridas duas horas.
– 7,41% por portar, após ingressar na sala de provas, qualquer tipo de equipamento eletrônico ou de comunicação.
No exame para os privados de liberdade, dos 54.317 inscritos, 15.7436 (28,98%) faltaram ao primeiro dia de provas e 18.021 (33,18%) faltaram ao segundo dia. Além disso, 38 pessoas (0,07%) foram eliminadas no primeiro dia e 37 (0,07%), no segundo.