Em 2003, o empresário Fernando Martins de Oliveira decidiu abrir uma franquia de um curso profissionalizante em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Ele tomou gosto pela coisa, mas optou por mudar para Maringá, no Paraná. Vendeu a escola, comprou um hotel, passou alguns anos estudando e, em 2014, resolveu criar um estilo diferente de lavanderia.
– Comecei em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, onde eu já tinha o hotel. Pensei: se o projeto não der certo, ao menos eu uso a lavanderia no hotel. No final, a lavanderia explodiu, e muito mais rápido.
Nascia assim um dos maiores cases de sucesso dos últimos anos no setor de franquias, a Lava e Leva. Na contramão da crise, a empresa foi a que mais cresceu no setor em 2015 e continua contratando. A segunda loja foi criada em fevereiro de 2015 e, até o final de maio de 2016, de acordo com Fernando, o número de franquias no país chegava a 235 – duas em Porto Alegre, uma em Sapiranga e outra em Pelotas.
– Nosso foco no momento é a região Sul, sabemos que é um mercado bem promissor – revela o empresário.
Em relação às concorrentes, o trunfo da Lava e Leva é cobrar por atendimento mensal. Dependendo do acerto, o custo ao consumidor, para cada peça lavada e passada, pode ser inferior a R$ 2. O pacote mais em conta, indicado para uma só pessoa, custa R$ 179.90 e dá direito a 20 peças por semana. O cliente só precisa levar a roupa e buscá-la. Os planos mudam de acordo com o tamanho da família.
– As famílias estão dispensando as diaristas por causa do alto custo, e as esposas são obrigadas a trabalhar fora. Além disso, as pessoas passaram a procurar formas de conter despesas. E quem vai cuidar da roupa em casa? Somos ótima opção – resume o sul-matogrossense.
De acordo com Fernando, para aderir à microfranquia é necessário um capital inicial de ao menos R$ 35 mil, já contando máquinas, duas passadeiras e uma lavadeira. – A maior parte dos franqueados atinge o ponto de equilíbrio em três meses. A partir daí, passa a ter retorno. O bom é que o franqueado sabe quanto vai faturar e quanto pagar, pois o custo dos royalites mensais é fixo (R$ 600), independe do faturamento – explica.Em média, conta Fernando, em menos e três meses cada loja consegue ao menos 50 clientes.