O governo do Estado respondeu nesta quarta-feira à contraproposta encaminhada na última segunda-feira pelo Cpers. A greve dos professores está na sexta semana. Apesar de considerar que houve avanços, a categoria espera que o governo esclareça pontos como a punição aos grevistas e um possível desconto salarial se não houver reposição das aulas.
No documento, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) reafirmou que vai revogar a criação de um grupo de trabalho que avaliaria a gratificação do difícil acesso. A pasta também prometeu nomear professores sempre que necessário e a priorizar o pagamento da autonomia financeira das escolas.
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A resposta do governo também traz a promessa de repassar R$ 40 milhões, até o fim de junho, para obras em escolas. A Seduc, no entanto, voltou a dizer que não tem como discutir reajuste salarial pelas dificuldades financeiras do Estado.
Sobre a situação do ponto dos grevistas, o governo propôs não descontar os dias parados se os professores cumprirem os dias letivos, por meio de um calendário de recuperação das aulas perdidas.
– A resposta do governo não contemplou tudo ainda. Não estamos exigindo nada de novo: entendemos que, se a gente negociou, tem que constar esse compromisso de não punir professores nem alunos por causa da greve e das ocupações, entre outros pontos – afirma Enio Manica, coordenador de Comunicação do Cpers.
A resposta da categoria seria encaminhada ao governo ainda nesta quarta. Na quinta, o conselho geral do Cpers se reúne para discutir o prosseguimento ou não da greve, que terá destino definido na sexta, em assembleia com os professores.
* Zero Hora e Rádio Gaúcha