A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Fundação Itaú anunciaram, nesta segunda-feira (11), mais uma pós-graduação organizada em parceria entre as instituições.
Serão oferecidas 14 vagas para o doutorado profissional em Economia com ênfase em Cultura, Educação e Desenvolvimento. A seleção está prevista para ocorrer em 2025, com aulas no início do segundo semestre do próximo ano.
— O doutorado é voltado para pessoas do mundo da educação e cultura, tanto do terceiro setor quanto de governos. É para desenvolver pesquisas transversais que tenham capacidade de impactar o desenvolvimento econômico, social e inclusivo — explica Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú.
O curso será gratuito, mas os aprovados não receberão bolsas. Desde 2022, UFRGS e Fundação Itaú coordenam o mestrado profissional em Economia e Política da Cultura e Indústrias Criativas (acesse aqui para mais informações), que está na quarta turma.
— As universidades são centrais diante da necessidade do desenvolvimento. Elas fortalecem relações, a produção de ciência e a geração de pesquisas. O mestrado e o doutorado criam a aliança entre a produção de conhecimento e o impacto para a sociedade — acrescenta Saron.
Esse será o primeiro doutorado profissional da UFRGS. Segundo André Cunha, professor e vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas (FCE), o curso fará parte de um trabalho desenvolvido há anos na instituição:
— Ele tem características distintas dos tradicionais (doutorados) acadêmicos, pois está estreitamente vinculado às empresas e setores associados. Essa área de conhecimento existe há mais de uma década na FCE-UFRGS, por meio de atividades de ensino, pesquisa e de extensão. Somos uma referência.
Segundo o professor, o contato com profissionais do mercado de trabalho indica que há espaço para o avanço da formação para o doutorado. O curso da UFRGS também tem como meta a internacionalização, que será feita por meio de uma parceria com a Universidade de Manchester, na Inglaterra, referência global em estudos dos setores culturais e criativos.
— Vislumbramos ocupar um espaço mais robusto na discussão de políticas públicas no Brasil e na América Latina. Temos apoio de secretarias estaduais de cultura, entidades do terceiro setor e associações setoriais e empresariais. Ao longo da formação, haverá estágios em que os doutorandos desenvolverão planos de trabalho aplicados aos desafios das instituições-parceiras. É exatamente isso que caracteriza a modalidade profissional — pontua.
Outras parcerias
A Fundação Itaú tem outros dois mestrados profissionais no centro do país, em Comunicação Digital e Cultura de Dados, na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, e em Artes da Cena, na Escola Superior de Artes Célia Helena, em São Paulo.
O lançamento de outros dois mestrados profissionais está planejado para ocorrer ainda neste ano na Universidade Federal do Ceará (UFC): em Administração e Controladoria, com foco em Gestão Cultural, e em Avaliação de Políticas e Impacto Social.
Em 2025 está previsto o mestrado profissional em Formação de Formadores, focado em Anos Finais do Ensino Fundamental, com a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
— O mais importante é a possibilidade da construção de alianças da sociedade civil organizada com a universidade, formando mais profissionais e pesquisadores para produzir pesquisa aplicada na intersecção entre educação e cultura. Essa é uma das formas de ajudar o país — pontua Eduardo Saron.