Com 14 escolas da rede própria atingidas pela enchente em Porto Alegre, a prefeitura deu início nesta terça-feira (4) ao trabalho de limpeza e recuperação dos ambientes de ensino. Entre as afetadas, está a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Patinho Feio, do bairro São Geraldo. No local, foi realizado o anúncio de uma empresa especializada, que começou a executar o serviço de descontaminação. O investimento é de R$ 1,6 milhão, e ainda não são estabelecidos prazos para a retomada das aulas nos locais.
Em um primeiro momento, parte das instituições passou por mutirões de limpeza geral, contando com o apoio da comunidade escolar, Exército brasileiro e parceiros. Agora, a contratada, Constutora Costamar LTDA, volta os esforços para a limpeza química dos espaços. O trabalho está sendo executado em diferentes etapas, levando em consideração que o tempo de acesso às escolas é diferente, de acordo com o nível da água.
Nas vistorias iniciais, há a verificação da parte elétrica e das avarias na parte estrutural, em parceria com a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi). Unidades sem energia elétrica fazem a utilização de geradores. Ainda há três escolas isoladas, sem possibilidade de acesso: a João Goulart e a Vila Elizabeth, no bairro Sarandi, e a Emei Ilha da Pintada.
— Primeiro, retiramos todos os inservíveis, como móveis e utensílios prejudicados, além da questão da alimentação que estava nas despensas. O Exército também tem auxiliado muito na parte “grossa”, com a disponibilização de caminhões e retroescavadeiras. Depois, ocorre a limpeza em si, com o auxílio de lava-jatos e demais equipamentos. — descreve o secretário municipal de Educação (Smed), Maurício Cunha.
Cada uma das escolas está sendo visitada para a quantificação de demandas de mobiliário e identificação das intervenções necessárias. Além das unidades próprias, 27 escolas conveniadas sofreram impactos da cheia. Neste caso, estima-se um repasse da administração municipal que pode superar os R$ 7 milhões, a depender do orçamento aprovado de cada escola.
Alternativas para o ensino
Enquanto os estudantes seguem fora de sala de aula, Cunha explica que o setor pedagógico da Smed tem trabalhado em alternativas. A identificação de locais com vagas disponíveis está em andamento, para o remanejo de alunos. Além disso, a possibilidade de ensino na modalidade híbrida pode avançar nas próximas semanas.
Escolas municipais afetadas pela enchente:
- EMEB Liberato Salzano Vieira da Cunha (Sarandi)
- EMEI JP Cantinho Amigo (Azenha)
- EMEI Tio Barnabe (Azenha)
- EMEI JP Patinho Feio (São Geraldo)
- EMEF Porto Alegre (Centro Histórico)
- EMEI Ilha da Pintada (Arquipelago)
- EMEI JP Passarinho Dourado (São Geraldo)
- EMEF Antonio Giudice (Humaitá)
- EMEI Humaitá (Humaitá)
- EMEI JP Meu Amiguinho (Floresta)
- EMEI Miguel Velazques (Sarandi)
- EMEF Migrantes (São João)
- EMEF João Goulart (Sarandi)
- EMEI Vila Elizabeth (Sarandi)
Escolas conveniadas atingidas pela enchente:
- ABRASCE PAMPA
- Acompar II
- Anjinho da Guarda
- Anjos das Flores
- Brincando e Aprendendo
- Capela Navegantes
- Estrelinha do Céu
- Favo de Mel
- Girassol Lami
- Ilha do Pavão Abrasce Restauração
- Irmão Mário Frigo
- Joana D'arc
- João Paulo II
- Lupicínio Rodrigues
- Mãezinha do Céu
- Marista Boa Mãe (antiga EEI Pé de Pilão)
- Mundo Colorido
- Padre Umberto Negrini
- Pimponeta
- Popular Nova Geração
- Santa Catarina Sarandi
- Santa Luiza
- São Vicente de Paulo - Conservir
- Tecnobaby - Amovitec
- Trenzinho da Alegria
- Vila União
- Vitória