As cidades inteligentes estão se tornando uma realidade cada vez mais presente no Brasil. Municípios estão adotando tecnologias para enfrentar desafios reais, criar novas oportunidades e oferecer serviços com mais eficiência. Além disso, esses avanços têm ajudado a reduzir desigualdades e melhorar a qualidade de vida da população.
O foco também está no desenvolvimento urbano e na transformação digital sustentável, abordando questões econômicas, ambientais e socioculturais. Dessa forma, essas cidades estão se transformando para se tornarem mais conectadas e inclusivas, preparando o terreno para um futuro mais inovador e equilibrado.
Para se ter uma ideia, no último Ranking Connected Smart Cities, realizado pela consultoria Urban Systems em 2023, Florianópolis foi apontada como a cidade mais inteligente e conectada do Brasil. Logo depois, aparecem Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte e Niterói. Já Porto Alegre, representando o Rio Grande do Sul, ficou na 32ª posição.
Mas por que Floripa está no topo? Um dos motivos é a infraestrutura: são 41,9 quilômetros de ciclovias para cada 100 mil habitantes, sete vezes mais que São Paulo. A capital catarinense também vem se destacando em saneamento, com melhorias no atendimento urbano, no tratamento de esgoto e na reciclagem. E em termos de Tecnologia e Inovação, a cidade não fica para trás, sendo a quinta mais bem colocada, com uma conexão média de 363,6 Mbps e 97,9% do município já coberto por 5G.
Para que as cidades se tornem mais inteligentes e alcancem esse nível, é essencial formar novos arquitetos e urbanistas. Segundo Diego Willian Nascimento Machado, coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Ulbra, a sustentabilidade, em conjunto com os princípios do ESG (Environmental, Social, and Governance), se tornou um pilar fundamental na prática arquitetônica. Isso envolve o uso de materiais sustentáveis, eficiência energética e, cada vez mais, a criação de edifícios verdes e cidades inteligentes que respeitam o meio ambiente e as comunidades.
– Profissionais especializados nessas áreas têm grandes chances de se destacar em um mercado que valoriza práticas ecológicas e socialmente responsáveis – afirma Machado.
Oportunidades variadas
Muita gente ainda associa Arquitetura e Urbanismo apenas com o design de edifícios, mas a área vai muito além disso. Com um diploma em mãos, os profissionais podem planejar espaços, preservar o patrimônio histórico e atuar em diversas frentes, seja em empresas de arquitetura, construção civil, órgãos governamentais ou como autônomos.
Segundo o coordenador, as áreas em alta incluem projeto de interiores e especialização em BIM (Modelagem de Informação da Construção), que organiza cronogramas e orçamentos na fase de pré-construção. Ele também destaca o acompanhamento de obras, gestão de riscos, paisagismo e planejamento urbano como campos promissores.
Vitoria Silva, aluna do 6º semestre do curso da Ulbra, está de olho nessas oportunidades. Hoje, ela estagia em uma empresa de projetos de interiores, mas descobriu que a arquitetura institucional também a fascina. Esse campo envolve a construção de edifícios para instituições públicas ou privadas, como escolas, hospitais e centros culturais.
– A arquitetura é uma das melhores maneiras de acolher e atender às necessidades da sociedade, e eu quero continuar usando essa arte para o bem coletivo – diz Vitoria.
Vanessa Lopes, estudante do 4º semestre, ainda está explorando suas opções, mas a arquitetura de interiores e residencial tem chamado sua atenção. Para ela, a motivação para seguir essa carreira vem da possibilidade de transformar a vida das pessoas por meio de ambientes que são inclusivos, acessíveis e, acima de tudo, confortáveis.
– O curso muda nossa visão de mundo; nos permite conhecer histórias, culturas e lugares diferentes – ressalta Vanessa.
De olho no dia a dia
Desde 2016, a Ulbra tem reestruturado o curso de Arquitetura e Urbanismo, colocando a relação entre extensão, pesquisa e ensino como um de seus principais pilares. A graduação foca em formar alunos criativos e empreendedores, capazes de propor soluções concretas para os desafios do dia a dia.
A professora Andréa Feldmann destaca que o curso prioriza a sustentabilidade, com ênfase na economia local e em questões socioculturais. Além disso, os estudantes participam de disciplinas práticas em ateliês, onde podem desenvolver projetos voltados para a economia de energia e o bom uso da insolação.
Nas disciplinas de projetos urbanos, há uma investigação local focada nas necessidades da população.
– Essa é a essência da arquitetura: centralizar as pessoas e seu bem-estar. Isso é fundamental para os projetos urbanísticos – afirma Andréa.
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