O Centro Estadual de Vigilância em Saúde divulgou neste domingo (7) um documento com recomendações para garantir maior segurança no retorno obrigatório às aulas presenciais, a partir desta segunda-feira (8), em relação ao coronavírus .
As orientações do órgão, vinculado à Secretaria Estadual da Saúde (SES), são destinadas a três públicos-alvo com regras específicas a serem observadas por cada um: a comunidade escolar, os pais ou responsáveis e profissionais da saúde. As normas incluem cuidados sanitários básicos, como uso de máscaras da forma correta, ventilação de ambientes e preferência por atividades ao ar livre.
O material lembra ainda que é importante manter o distanciamento (com exceção de pessoas que vivem na mesma casa) e evitar ambientes pouco ventilados principalmente no momento das refeições. As recomendações incluem ainda evitar, se possível, o transporte público - dando preferência a caminhadas, bicicleta, transporte próprio ou escolar. Se não houver alternativa ao transporte público, a Vigilância em Saúde pede para "abrir janelas, não tocar na máscara e higienizar as mãos assim que sair do veículo".
Aos pais ou responsáveis, cabe não permitir que os alunos frequentem a escola em caso de sintomas suspeitos ou quando houver caso de covid-19 no ambiente doméstico. O documento também orienta os profissionais de saúde para que façam sempre uma "avaliação integral do paciente e da família, ponderando os comportamentos atuais e as medidas implantadas para evitar a contaminação por covid-19 nas atividades de vida diárias do núcleo familiar, assim como o risco individual de agravamento em caso de uma possível contaminação".
Leia, a seguir, a íntegra das recomendações divulgadas pela SES para reduzir riscos de contaminação pelo coronavírus na retomadas das atividades.
Comunidade escolar
- Observar o uso correto de máscaras - bem ajustada ao rosto, cobrindo completamente o nariz e a boca.
- Higienizar as mãos antes de manipular a máscara de proteção facial e, em especial, antes da alimentação.
- Garantir a ventilação de ambientes.
- Dar preferência para atividades ao ar livre.
- Dar preferência para alimentação em locais amplos e arejados.
- Pessoas que vivem na mesma casa, como por exemplo irmãos, não precisam respeitar o distanciamento durante as refeições.
- Realizar o deslocamento para escola preferencialmente caminhando, de bicicleta, em outro transporte próprio ou em transporte escolar, sempre que possível.
- Em transportes públicos coletivos abrir janelas, não tocar na máscara e higienizar as mãos assim que sair do veículo.
- Comunicar às famílias, colegas e estudantes sempre que uma pessoa com caso confirmado para covid-19 for diagnosticada.
Pais ou responsáveis
- Não permitir que a criança ou adolescente frequente a escola quando estiver com sintomas respiratórios ou gastrointestinais, tais como: espirros, coriza, tosse, diarreia ou vômito.
- Não permitir que a criança ou adolescente frequente a escola quando houver caso confirmado para covid-19 no ambiente domiciliar, por um período de 14 dias a contar da confirmação ou do início dos sintomas.
- Tratando-se de alunos ou seus respectivos coabitantes com condições clínicas para potencial agravamento em caso de covid-19, o profissional de saúde poderá, após avaliação, indicar a necessidade de manutenção do ensino remoto. As razões médicas comprovadas mediante apresentação de atestado podem referir-se apenas ao coabitante com comorbidade. Sugere-se, contudo, que seja realizada avaliação integral, incluindo os prejuízos pedagógicos que possam estar associados ao ensino remoto exclusivo, ponderando-se, inclusive, os prejuízos causados pelo isolamento prolongado e os potenciais danos à saúde mental e ao desenvolvimento sociocultural do aluno.
Profissionais de saúde
- Realizar avaliação integral do paciente e da família, ponderando os comportamentos atuais e as medidas implantadas para evitar a contaminação por covid-19 nas atividades de vida diárias do núcleo familiar, assim como o risco individual de agravamento em caso de uma possível contaminação.
- É essencial avaliar os potenciais danos, incluindo os já existentes, devido ao isolamento ou secundários à pandemia. O objetivo é que o profissional de saúde seja capaz de apoiar a tomada de decisão consciente e compartilhada em relação à manutenção da atividade de ensino remota, que deve ser a exceção, e não a regra, em especial na Educação Básica.