Reivindicado por muitos alunos e professores, o retorno das aulas presenciais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) está sendo planejado. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta sexta-feira (15), o vice-pró-reitor de Graduação da instituição, Leandro Raizer, relatou que cursos da área da saúde, como Odontologia e Medicina, já estão desenvolvendo atividades práticas. A ampliação de retomada já está autorizada e está sendo organizada para o próximo ano pelos cursos e unidades acadêmicas.
— As comissões de graduação, nas quais os estudantes têm representação, são responsáveis por organizar o semestre. Neste momento, estamos planejando o próximo semestre, que começa em 17 de janeiro. Essas comissões estão avaliando quais disciplinas serão ofertadas e qual será a carga horária — explicou Raizer.
Segundo o vice-pró-reitor, o momento é chamado de “presencial restrito”, pois ainda há necessidade de restrições, devido à pandemia, mas cursos e unidades já podem avaliar quais atividades práticas precisariam ser retomadas de forma presencial. A orientação é que os estudantes façam contato com as coordenações e departamentos de seu curso e que encaminhem suas demandas por meio das comissões de graduação.
— Como a pandemia não acabou, a UFRGS está em momento de transição. O planejamento é para que tenhamos um aumento gradual e seguro dessa presencialidade. Cursos e unidades podem e estão planejando atividades práticas presenciais — pontuou.
Não há, contudo, uma data definida para o retorno presencial. Conforme Raizer, como a retomada significaria 60 mil pessoas a mais circulando diariamente pelas ruas de Porto Alegre, entre servidores e estudantes, a instituição se preocupa com o impacto social e sanitário dessa circulação. Por esse motivo, a UFRGS limita-se a dizer que em 2022 deverá ser possível aumentar a presencialidade, caso os indicadores de contaminação por covid-19 sigam melhorando.
O vice-pró-reitor revelou, ainda, que estão sendo analisados os protocolos para a realização das formaturas, diante das novas normas definidas pelo governo do Estado para festas e eventos. A expectativa é de que o regramento seja flexibilizado, ainda que não seja possível, em sua opinião, retomar os patamares pré-pandemia.