O governo do Estado segue avaliando pedido do Sindicato do Ensino Privado (Sinepe) para tornar obrigatória a presença de estudantes nas aulas de instituições públicas e privadas dos ensinos Fundamental, Médio e Superior do Rio Grande do Sul em 2021. Se a medida for aprovada, a presença será obrigatória, mas não diária. O Estado manterá o ensino híbrido para evitar aglomerações durante a pandemia.
Pela proposta do Sinepe, as turmas seriam divididas pela metade e cada grupo frequentaria a sala de aula, com distanciamento entre as classes, em datas definidas. Nos dias de período remoto, as atividades serão a distância. Na proposta ainda em estudo, a presença em sala em determinadas datas deverá ser exigida para todos, exceto para estudantes e professores que fazem parte dos grupos de risco para a covid-19. No ano passado, pais podiam optar, mesmo com filhos saudáveis, se os levariam à escola ou se os manteriam no ensino 100% remoto.
GZH fez a seguinte pergunta aos leitores, entre 9h48min e 16h40min desta quinta-feira (4): qual a sua opinião sobre a possibilidade de ser obrigatória a presença dos estudantes nas salas de aula? Você é contra ou a favor?
De um grupo de cem leitores, 75 responderam ser contra o retorno obrigatório e 25 defenderam a medida. Entre os leitores que responderam ao questionário de GZH, 65 são pais de estudantes e os demais, alunos, professores e outros ligados à comunidade escolar.
Confira algumas opiniões:
A favor
“Creio que as aulas presenciais devem ser retomadas de imediato, com exceção dos alunos com comorbidades.”
Jorge Braga, Porto Alegre
“A favor, pois não é só na escola que a doença é transmissível.”
Junior Ferreira, Soledade
“Obrigatória. A depressão entre os jovens é pior que a covid. O estudo somente online, ano passado, deixou sequelas emocionais, no estudo, socialmente. Ficam vegetando em casa sem estudar, sem adquirir conhecimento sem interação alguma com seus semelhantes. Grupo de risco, sim. Os pais devem optar.”
Neiva Salatti Montes, Porto Alegre
“A favor, desde que tenha cuidados obrigatórios de higiene também.”
Rita Assumpção, Cachoeirinha
“A favor. Como a população está tendo uma 'vida normal', qual a diferença de ir em parques, shopping...?”
Michele Rosa, Porto Alegre
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Contra
“Sou contra a obrigatoriedade de retorno às aulas presenciais, é um absurdo, a pandemia continua, as vacinas não estão disponíveis para todos. Vai ser um massacre. É uma irresponsabilidade do Sinepe propor isso, o Estado vai sofrer uma avalanche de ações judiciais e as escolas particulares vão perder alunos.”
Claudia Recondo, Montenegro
“Totalmente contra! No ano de 2020, meu filho não teve nenhuma crise de asma, gripe ou as famosas viroses. De onde que conseguirão manter os protocolos com crianças ativas?”
Rodrigo Ferreira, Sapucaia do Sul
“Sou contra. Como pode o Estado querer obrigar uma criança ou qualquer pessoa a ter que compartilhar espaços fechados com outras, se estamos no meio de uma pandemia, sem vacina para a imensa maioria das pessoas, inclusive sem vacina para as crianças? No meu entender, isso é, inclusive, inconstitucional.”
Airton Keller, Porto Alegre
“Sou totalmente contra o retorno das aulas presenciais. O meu filho passou o verão todo em casa devido à pandemia, não o coloquei em risco em nenhum momento. Assim, não vou colocá-lo em risco na volta às aulas. Ademais, ele tem asma. Acho que ele é muito pequeno para imporem uma série de procedimentos a serem seguidos e esperar que ele cumpra todos, desde o mais básico (colocação da máscara do lado certo) até os mais complexos. Sei que é muito difícil, mas é o preço que estamos pagando para proteger a nossa saúde.”
Juliana Bastos, Porto Alegre
“Sou contra a obrigatoriedade, até porque estamos num momento crítico, as escolas particulares têm outro perfil, só quem não conhece a escola acha possível o Estado responder à demanda de EPIs.”
Sandra Mariza dos Santos Teixeira, São Luiz Gonzaga