Quinze Estados e o Distrito Federal aderiram ao modelo de escolas cívico-militares proposto pelo Ministério da Educação (MEC), anunciou, nesta terça-feira (1º), o ministro Abraham Weintraub. Como já havia sido confirmado, o Rio Grande do Sul vai participar indicando duas escolas, uma de Caxias do Sul, na Serra, e outra de Alvorada, na Região Metropolitana. As instituições, no entanto, ainda não foram definidas.
Segundo levantamento do MEC, aderiram ao projeto todos os Estados do Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), todos os do Norte (Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Pará e Tocantins), todos os do centro-oeste (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul) e o Distrito Federal. Do Sudeste, apenas Minas Gerais deve participar, e, do Nordeste, apenas o Ceará.
— Estamos passando para a próxima etapa, que é abrir as manifestações de interesse para os municípios. Isso para todos os municípios, inclusive dos Estados que não aderiram ao projeto. A partir daí, com critérios técnicos, vamos ponderar quais são as localidades onde as escolas começariam — disse Weintraub, citando que o prazo para inscrições vai de 4 a 11 de outubro.
Procurada, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informou que as instituições gaúchas que serão indicadas ainda não foram definidas. Nesta semana, a pasta deve se reunir com as candidatas de Caxias do Sul e Alvorada para discutir o interesse ou não em participar do novo modelo.
Avaliação positiva da pasta
Questionado sobre casos em que os Estados aderiram ao modelo, porém receberam uma negativa das escolas, o ministro afirmou que não haverá insistência. Weintraub disse que o projeto deve começar "pelo pessoal que está com mais vontade".
— Definitivamente, vamos começar por quem tem as melhores condições em termos de impacto social. E a demanda é gigantesca. Quem não tem interesse, vamos deixar para depois. Temos pesquisa mostrando que mais de 80% dos pais querem os filhos em escolas cívico-militares.
O MEC prevê incluir 54 escolas nesse modelo para 2020, sendo duas em cada Estado e no Distrito Federal. Instituições com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e em locais de situação de vulnerabilidade social terão preferência. Cada escola receberá R$ 1 milhão e contará com monitores militares na proporção de um para 90 alunos.