Mudança na concessão de bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) foi anunciada nesta terça-feira (4) em coletiva de imprensa convocada pelo órgão. Com isso, mais 2.724 bolsas de mestrado e doutorado foram bloqueadas no país, principalmente pelo contingenciamento de recursos na educação. O congelamento não atinge bolsistas que estejam recebendo o benefício pela Capes no momento.
— A Diretoria de Programas e Bolsas no País apresentou à diretoria executiva a proposta de congelamento de bolsas dos programas que receberam nota 3 em duas avaliações consecutivas — explicou a diretora de Programas e Bolsas no País da Capes, Zena Martins.
O bloqueio atinge cursos com nota 3 consecutivas (259) e também alguns que caíram na avaliação quadrienal de 4 para 3 (71). A maioria desses cursos nota 3 são de mestrado, relata o presidente da Capes, Anderson Ribeiro Correia. Segundo ele, é uma tendência mundial a priorização de doutorado na linha científica-tecnológica:
— Então, essa premissa vai também na linha global de priorizarmos os doutorados e os de melhor qualidade.
Segundo Zena, essas bolsas serão desbloqueadas quando houver o retorno de recursos para a Capes, o que não tem data para ocorrer.
A projeção é de economia de R$ 300 milhões em 2019, contanado as primeiras ações tomadas neste ano, explica Anderson Lozi da Rocha, diretor de gestão da Capes.
— Se houver uma melhora (econômica), pode-se reverter a situação das bolsas congeladas. Se houver uma piora, o que acho difícil, pode ser que a Capes tenha de estudar novas medidas — complementa.
No início de maio, a Capes já havia anunciado o corte de 3,5 mil bolsas. Depois, desbloqueou 1,3 mil bolsas, 1,2 mil delas com notas 6 e 7 da Capes.