Pelo menos 37 das 45 escolas infantis mantidas por meio de convênio de entidades com a Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Caxias do Sul seguiam fechadas na manhã desta terça-feira (28). A greve foi deflagrada na segunda-feira (27), quando educadores protestaram em frente à prefeitura e no centro.
Das seis entidades que mantêm o serviço na cidade, a reportagem de GaúchaZH conseguiu contato com três. Todas as creches administradas pela Educaritá, pelo Centro Cultural e Espírita Jardelino Ramos e pelo Charles Leonard Simon Lundgreen seguiam fechadas. Juntas, as três instituições são responsáveis por 82% do serviço. A paralisação foi constatada pela própria reportagem, que encontrou oito escolas paralisadas em seis bairros.
A auxiliar de limpeza Indianara da Silva, 30 anos, é uma das mães atingidas pela greve. O filho dela, de três anos, estuda na Escola Bom Pastor, no bairro Bom Pastor. Com a paralisação, ele precisa ficar em casa com o pai, que trabalha à noite.
— Elas estão lutando por um direito delas, porque ninguém vai trabalhar por R$ 1,3 mil. Ainda mais elas, que têm que cuidar de 16, 18 crianças. Eles estavam no fim do ano, vai atrapalhar a apresentação deles. Os pareceres delas também não sei como vai ficar —afirma Indianara, que apoia o movimento.
Os educadores infantis são contra a redução dos salários proposta pela prefeitura com o novo modelo de convênios para o serviço. As parcerias atuais encerram no fim do ano e as novas somente podem ser firmadas por meio de um chamamento público. A categoria diz que a greve é por tempo indeterminado.