O Conselho Universitário da UFRGS confirmou o nome de Rui Carlos Oppermann como novo reitor da instituição em sessão realizada nesta sexta-feira. A reunião foi marcada por debates entre conselheiros, após denúncia de irregularidades na consulta à comunidade acadêmica, ocorrida no dia 16 de junho.
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O professor de estatística da universidade Fernando Pulgati, representante da chapa que ficou em segundo lugar na disputa, entrou com pedido de impugnação dos votos da Faculdade de Medicina e do Hospital de Clínicas. Ele alega que o diretor da Faculdade, José Geraldo Lopes Ramos, usou listas de e-mails de alunos e professores para enviar mensagens pedindo votos a Opperman no dia da eleição (veja o teor do e-mail abaixo).
Para Pulgati isso configura utilização da estrutura da universidade em benefício de um candidato, o que é proibido por lei. Um grupo de professores, alunos e técnicos pediu durante a reunião do Conselho que a homologação do resultado da eleição fosse adiada, até que se investigue o caso. No entanto, a comissão eleitoral entendeu que não houve prejuízo ao pleito. O diretor da Faculdade de Medicina e o presidente da comissão eleitoral, Celso Giannetti Loureiro Chaves, não quiserem se pronunciar sobre o caso.
A assessoria da universidade encaminhou o parecer da comissão sobre a denúncia, que representa a posição dos dois. O documento diz que o envio dos e-mails foi "um ato pessoal do remetente", sem nenhuma vinculação com a chapa vencedora (leia a íntegra aqui).Como a proposta de adiar a decisão no Conselho Universitário foi rejeitada, foi realizada a votação, referendando o resultado da consulta à comunidade, com Rui Vicente Oppermann como reitor e Jane Tutikian como vice.
Agora a lista dos vencedores será encaminhada ao Ministério da Educação, que irá nomear a nova reitoria. A posse está marcada para setembro.O professor que apresentou as denúncias disse à reportagem que um grupo de docentes está organizando um dossiê com irregularidades na escolha do reitor. Segundo Pulgati, o material será entregue à Justiça e ao Ministério Público Federal.