A taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,9% no trimestre encerrado em junho, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em igual período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 8%. No trimestre encerrado em maio de 2024, a taxa de desocupação estava em 7,1%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.214 no trimestre encerrado em junho. O resultado representa alta de 5,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 322,6 bilhões no trimestre até junho, alta de 9,2% ante igual período do ano anterior.
Brasil gerou 1,63 milhão de postos de trabalho
O Brasil registrou uma geração de 1,63 milhão de vagas no mercado de trabalho no trimestre até junho de 2024, ante os três meses até março. Trata-se de um aumento de 1,6% na ocupação ante o trimestre anterior, finalizado em março.
Com isso, a população ocupada somou 101,83 milhões de pessoas no trimestre encerrado em junho. Em um ano, a alta foi de 3% e mais 2,92 milhões de pessoas encontraram ocupação.
Subutilização da força de trabalho fica em 16,4%
No trimestre terminado em junho, faltou trabalho para 19 milhões de pessoas no país, das quais 7,54 milhões estavam sem nenhum trabalho.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho passou de 17,9% no trimestre até março de 2024 para 16,4% no trimestre até junho. Esse indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.
No trimestre até junho de 2023, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 17,8%.
Ainda segundo o IBGE, a população subutilizada (12,64 milhões) caiu 8,2% ante o trimestre até março. Em relação ao trimestre até junho de 2023, esse indicador assistiu a um recuo idêntico, de 8,2%. No fim do segundo trimestre 2023, havia 20,35 milhões de pessoas nessa situação.
Desalento
O Brasil registrou 3,3 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em junho, segundo os dados da Pnad Contínua.
O resultado, informou o IBGE, significa queda de 9,6% no indicador em relação ao trimestre encerrado em março. Em três meses, 345 mil pessoas deixaram essa situação. Já em um ano, 422 mil pessoas deixaram o desalento, queda de 11,5%.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.