Dois testes de covid-19 realizados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deram resultado negativo. O primeiro exame foi feito na noite de quarta-feira (28), e o outro, nesta quinta-feira (29) pela manhã, de acordo com sua assessoria.
Haddad estava isolado em sua residência em São Paulo desde o último fim de semana, quando havia sido diagnosticado com a doença. Nesta semana, ele participaria presencialmente de reuniões da Trilha de Finanças do G20, grupo formado por ministros de finanças e presidentes dos bancos centrais das 19 maiores economias do planeta.
Na quarta-feira, na abertura do encontro, ele havia falado aos participantes por meio de videoconferência. Nesta quinta, o ministro brasileiro participou presencialmente das atividades e voltou a falar sobre taxar os super-ricos.
— Soluções efetivas para que os super-ricos paguem sua justa contribuição em impostos dependem de cooperação internacional. Essa cooperação já existe. Nos últimos 10 anos, conseguimos avanços muito importantes em áreas como troca de informações, transparência, e níveis mínimos de tributação— disse Haddad, citando o trabalho do próprio G20 e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
— Apesar dos avanços recentes, é um fato inquestionável que os bilionários do mundo continuam evadindo nossos sistemas tributários por meio de uma série de estratégias — afirmou o ministro.
Haddad citou o mais recente relatório do EU Tax Observatory sobre evasão fiscal, citando que o documento demonstrou que bilionários pagam uma alíquota efetiva de impostos equivalente a entre 0 e 0,5% de sua riqueza.
— Colegas, eu sinceramente me pergunto como nós, ministros da Fazenda do G20, permitimos que uma situação como essa continue — questionou Haddad.