Depois de três anos e nove meses, finalmente foi reinaugurado do Calçadão Salvador Isaía, de Santa Maria. Obras que começaram em janeiro de 2020, seriam mais simples e tinham expectativa de conclusão de cinco meses, a um custo de R$ 1 mi, pagos por empresas privadas em um processo de contrapartidas por mudanças no Plano Diretor da cidade. Porém, ao longo do serviço, no subsolo do calçadão, foram descobertos problemas crônicos da região, que poderiam ser resolvidos também naquele momento.
Logo no início, a obra já sofreu o baque da chegada da pandemia. O canteiro de obras montado foi deixado de lado, e pouco se fez em 2020. Foi preciso chamar outra empresa para participar da reforma, a Urbanes Empreendimentos, e reorganizar as etapas da obra e um Termo de Ajustamento de Conduta, com as duas construtoras.
A pedido dos lojistas, e para não afastar compradores no período de festas, a reforma do calçadão só foi retomada no início de 2021. A segunda etapa começou em fevereiro de 2021. À época, era feita a instalação das galerias de redes pluviais e de esgoto, embaixo do calçadão.
Aqui, a projeção de custos da obra já estava em R$ 2 milhões de reais, valores que viriam das empresas, de maneira a compensar as mudanças previstas no Plano Diretor para que elas fizessem suas construções em Santa Maria. Ela teve uma pausa, por falta de insumos, mas foi retomada no mesmo ano.
No início de 2022, lojistas protestavam pela situação do calçadão. A alegação era o estado precário do espaço, que afastava clientes das lojas. Protestos foram organizados pelo comércio que via a obra se arrastar por dois anos.
E em março do mesmo ano, o Ministério do Trabalho chegou a interditar a entrada nas galerias de água e esgoto, por conta da baixa circulação de ar nas galerias. Isso poderia, conforme o ministério, causar asfixia nos trabalhadores. Posteriormente a situação foi normalizada e o trabalho no subsolo foi liberado.
O serviço atrasou, a construtora que venceu a licitação não seguiu os serviços e o contrato com a prefeitura foi rompido. Foi preciso buscar, em abril de 2022, uma nova empresa para tocar a reforma. Em maio do ano passado, houve a definição de que a nova empresa responsável por concluir a obra do calçadão seria a Continental. Ela seria responsável por serviços na rede pluvial, rede elétrica, paisagismo, mobiliário e infraestrutura para tráfego de pedestres e, quando necessário, trânsito de veículos de salvamento e segurança, como ambulância e caminhão de bombeiros. Isso tudo deve ser concluído em no máximo um ano, e mais a manutenção do paisagismo, por cerca de dois anos. Aqui, o custo da obra já era previsto em R$ 3 milhões e 600 mil, valores que saíram dos cofres públicos.
Mais um fim de ano que a obra sofre uma pausa, pra não atrapalhar o comércio das festas para os lojistas, e em cinco de janeiro desse ano a reforma entrou na reta final. E em agosto, começou a parte do paisagismo com decks e canteiros centrais.
Com a conclusão e entrega das obras, o alívio na entrega. Tanto membros do executivo municipal quanto representantes da empresa falaram dos diversos percalços, mas do compromisso com o calçadão e com a projeção a partir de agora. A festa de reinauguração aconteceu no último sábado (7). Confira, abaixo, o Santa Maria de Negócios especial sobre o Calçadão.