Alguns países da Opep+, que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, farão cortes adicionais voluntários em sua produção da commodity de 1,66 milhão de barris por dia (bpd) até o fim do ano.
Em comunicado divulgado após reunião ministerial, a Opep confirmou nesta segunda-feira (3) que alguns de seus integrantes reduzirão sua oferta em 1,6 milhão de bpd a partir de maio e até o fim de 2023, como há havia sido revelado no domingo. Apenas a Arábia Saudita responderá por um corte de 500 mil bpd.
Outras reduções serão feitas no Iraque (211 mil bpd), Emirados Árabes Unidos (144 mil bpd), Kuwait (128 mil bpd), Casaquistão (78 mil bpd), Argélia (48 mil bpd), Omã (40 mil bpd) e Gabão (8 mil bpd).
Além disso, a Rússia, que integra a Opep+, estenderá o atual corte de 500 mil bpd em sua produção até o fim de 2023, trazendo a redução total na oferta a 1,66 milhão de bpd, detalhou a Opep.
Ainda no comunicado, a Opep diz que a decisão é uma medida preventiva com o "objetivo de sustentar a estabilidade do mercado de petróleo". A próxima reunião ministerial da Opep está marcada para 4 de junho.
Queda do dólar
A decisão da Opep+ de cortar a oferta em 1,66 milhão de barris de petróleo por dia a partir de maio até o fim de 2023 impactou no preço do dólar, que voltou a operar em baixa ante o real e algumas moedas pares emergentes ligadas a commodities, como peso mexicano e peso chileno
Às 9h35min, o dólar à vista caía 0,34%, a R$ 5,0515, após registrar perdas de 2,99% no mês de março. A queda no ano está acumulada em cerca de 4,30%. O dólar para abril recuava 0,29%, a R$ 5,0725.
O mercado financeiro opera sob expectativas também com a tramitação do arcabouço fiscal no Congresso, e com as indicações pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de diretores do Banco Central e de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). E o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que irá anunciar neste mês cerca de 12 medidas na área de crédito para melhorar o ambiente de negócios.