O futuro presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, confirmou nesta quarta-feira (21) os ex-ministros Nelson Barbosa e Tereza Campello entre os nomes que vão compor a direção do banco a partir de janeiro.
As indicações foram anunciadas por Mercadante à imprensa após almoço com empresários na zona sul da capital paulista. Ele usou o encontro para apresentar a grandes empresários dos setores produtivo e financeiro outros cinco diretores da nova equipe do BNDES, que vai combinar nomes de mercado e pessoas com experiência em administração pública.
Conforme explicou Mercadante, cada um deve trabalhar nas áreas em que tem expertise. Assim, Nelson Barbosa deve ser responsável pelo planejamento, enquanto Tereza Campello deve ficar com o desenvolvimento social, frentes nas quais tiveram experiência como ministros.
Já em relação aos demais diretores apresentados hoje, Alexandre Abreu, que já presidiu o Banco do Brasil, deve ir para finanças. Luciana Costa vai deixar a presidência no Brasil do banco francês de investimentos Natixis para cuidar de economia verde no BNDES, ao passo que Natalia Dias, hoje CEO do Standard Bank Brasil, vai tocar a área de mercado de capitais.
Atual presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o economista José Luis Gordon ficará com inovações. Quanto a Luiz Navarro, ex-ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) e quinto nome apresentado para a diretoria do BNDES no almoço com os empresários, Mercadante não antecipou qual será a posição no banco.
— Cada um terá uma função especifica, mas é um time que joga junto — afirmou no encontro o futuro presidente do BNDES.
Questionado sobre a resistência dos investidores à indicação de seu nome pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao comando do BNDES, Mercadante brincou que Brasília, centro político, e Faria Lima, centro financeiro do país, parecem falar idiomas diferentes. Por isso, continuou, convidou três "tradutores" para facilitar o diálogo, numa referência a Alexandre Abreu, Luciana Costa e Natalia Dias, nomes que já foram ou são CEOs de bancos.