A indústria nacional de máquinas e equipamentos terminou agosto com queda de 9% na receita líquida, se comparada ao montante do mesmo período de 2021. Apesar do aumento de 28,2% das exportações, que somaram US$ 1,3 bilhão em agosto, as vendas internas recuaram 12,9%, para R$ 21,9 bilhões, no comparativo interanual. Os números foram divulgados nesta quarta-feira, 28, pela Abimaq, a associação que representa os fabricantes de bens de capital mecânicos.
Assim, na soma das entregas ao mercado interno e exportações, as vendas totais do setor ficaram em R$ 28,3 bilhões no mês passado.
As compras de máquinas e equipamentos no Brasil em agosto foram de R$ 34,7 bilhões, queda de 6,1% em um ano, sendo que, deste total, US$ 2,3 bilhões são importações, onde houve crescimento de 27,5% na comparação com o mesmo mês de 2021.
Como o País mais importou do que exportou máquinas, a balança comercial do setor terminou agosto com déficit de US$ 1 bilhão, saldo 26,7% superior ao do mesmo mês do ano passado.
Na margem - ou seja, de julho para agosto -, as vendas da indústria de máquinas (tanto domésticas quanto exportações) tiveram alta de 10,2%, como resultado do avanço de 7,8% da receita interna e de 25,5% dos embarques ao exterior. O consumo aparente, colocando na conta a alta de 16,8% das importações, subiu 9,4%.
Desde o primeiro dia do ano, a receita total da indústria brasileira de bens de capital acumula queda de 5,1%, num total de R$ 205,8 bilhões apurados entre janeiro e agosto. As vendas internas recuaram, nesse recorte, 6,9%, para R$ 164 bilhões. Assim, o desempenho só não foi pior porque houve alta de 28,2% das exportações, que somaram US$ 7,9 bilhões no acumulado até agosto.
Segundo mostra o balanço da Abimaq, as compras de máquinas no País, entre nacionais e importadas, recuam 7,2% neste ano, somando R$ 256,1 bilhões nos oito primeiros meses. Considerando apenas as importações, houve alta de 13,3% no período, num total de US$ 15,9 bilhões em oito meses.