A taxa de desocupação no Brasil caiu para 9,1% no trimestre encerrado em julho, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados nesta quarta-feira (31). Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trata-se do menor índice da série desde dezembro de 2015.
O desemprego no trimestre de maio a julho teve recuo de 1,4 ponto percentual em relação ao trimestre de fevereiro a abril (quando foi de 10,5%) e de 4,6 pontos percentuais na comparação com igual período do ano passado (13,7%).
De acordo com IBGE, a população desocupada — 9,9 milhões de pessoas — caiu ao menor nível desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016. Já o contingente de pessoas ocupadas — 98,7 milhões — foi recorde da série iniciada em 2012.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.693 no trimestre encerrado em julho. O resultado representa queda de 2,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 260,699 bilhões no trimestre até julho, alta de 6,1% ante igual período do ano anterior.
Abertura de vagas
O país registrou abertura de 2,154 milhões de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. A população desocupada diminuiu em 1,467 milhão no período. Em um ano, 4,5 milhões deixaram o desemprego.
Números do desalento
Segundo o IBGE, o Brasil registrou 4,229 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em julho. O resultado significa 221 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em abril, um recuo de 5%.
Em um ano, 1,045 milhão de pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 19,8%.
A população desalentada é aquela que gostaria de estar trabalhando, mas desistiu de procurar emprego, por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.