O Ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, fez um balanço hoje em entrevista ao programa Gaúcha+ sobre as primeiras horas da liberação do sistema que permitirá que trabalhadores autônomos recebam auxílio de R$ 600 durante um período de três meses, para tentar minimizar os efeitos econômicos da pandemia de coronavírus.
Segundo o ministro, até as 13h, foram 17 milhões de acessos no site e no aplicativo, e 6 milhões de cadastros validados. Os cálculos do governo esperam criar contas bancárias para 30 milhões de pessoas que não tinham registro em banco para receber o auxílio. Nos grupos de pagamento estão os cadastrados no programa Bolsa Família, o grupo das pessoas do Cadastro Único, chamados de elegíveis inequívocos, e os microempreendedores individuais (MEI), autônomos e informais.
— Nós não podemos pagar para quem não merece e não cumpre os requisitos da lei. Por isso a operação é um pouco demorada, para que tenhamos segurança no pagamento. As primeiras parcelas devem começar a ser pagas nesta quinta-feira — garantiu.
Quem precisa baixar o aplicativo e fazer cadastro no sistema são apenas os não inseridos no Cadastro Único, portanto, apenas o terceiro grupo de MEI, autônomos e informais. Pessoas que já recebem Bolsa Família ou já efetuaram em algum momento inscrição no Cadastro Único já estarão inseridos no sistema.
Onyx garantiu que a previsão é que entre os dias 27 e 30 de abril o pagamento da segunda parcela do auxílio seja efetuado para todos os cadastrados, tirando o grupo do Bolsa Família, que seguirá o calendário normal do programa. De 26 a 29 de maio, todos os beneficiários já deverão ter recebido as duas parcelas, garantiu o ministro.
Lorenzoni também alertou sobre os sites falsos que recolheram no fim de semana dados de pessoas que acreditavam estar no site oficial do governo:
— 170 mil pessoas entregaram seus dados para sites fakes, nós já derrubamos vários sites nesta manhã com a Polícia Federal.
O aplicativo é gratuito e, segundo Onyx, não consumirá dados de internet de quem for baixá-lo.
O ministro também garantiu que não haverá custo para a transferência do valor da Caixa para outros bancos, e que o valor não será utilizado para abater dívidas já feitas por cheque especial, por exemplo. Um acordo com a Febraban garantiu que o valor não seria utilizado para cobrir antigas dívidas pessoais.