O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou neste sábado (4) que negocia com um parceiro da Inglaterra a implementação do que chamou de "passaporte da imunidade". Sem detalhar a medida, Guedes disse que está em discussão pelo governo a disponibilização para o Brasil de 40 milhões de testes para o coronavírus. A declaração foi dada em uma videoconferência com empresários do setor varejista, organizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
A proposta já teria sido encaminhada pelo ministro ao presidente Jair Bolsonaro e aos ministros Walter Souza Braga Netto, da Casa Civil, e Luiz Henrique Mandetta, da Saúde.
— Hoje de manhã conversávamos com um amigo na Inglaterra que criou o passaporte de imunidade. Ele faz 40 milhões de testes. Ele coloca disponíveis para nós, brasileiros, 40 milhões de testes por mês — disse Guedes aos empresários.
Com a testagem em massa, segundo o ministro da Economia, quem comprovadamente não estiver contaminado pelo coronavírus poderá deixar o isolamento. Isso, segundo Guedes, seria para os "jovens". Os idosos seguiriam em casa. E também não seria para este momento da pandemia no Brasil, mas que uma “saída” já estaria sendo planejada pelo governo para afrouxar as regras de dinâmica social.
Gabbardo comenta medida em coletiva
Em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, onde foi realizada a atualização do levantamento de casos confirmados de coronavírus no país, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse que é uma boa sugestão e que será possível colocar em prática esse método, mas não agora. Neste momento, o Brasil passa pelo início da pandemia e, de acordo com Gabbardo, só será possível realizar esse tipo de relaxamento do isolamento quando o sistema de saúde já estiver equipado e preparado para receber possíveis doentes. Depois disso, após ter acesso amplo no número de testes, seria possível flexibilizar, liberando aos poucos a população.