O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta segunda-feira (9) que o governo deve enviar ao Congresso ainda neste mês o projeto de lei que garante as bases para a privatização da Eletrobras. Segundo ele, o objetivo é aprovar o tema ainda em 2019.
O modelo será semelhante ao proposto no governo Michel Temer, com a venda de ações da companhia no mercado, em um processo chamado de capitalização. A União não acompanhará a oferta e, portanto, terá sua participação diluída.
A ideia é manter uma fatia entre 30% e 40% da companhia, disse Albuquerque, em entrevista após evento em Belo Horizonte, Minas Gerais. A proposta estabelece limite de 10% para a participação de cada acionista privado.
Albuquerque não quis falar em valores. No modelo apresentado por Temer, o objetivo era arrecadar R$ 12 bilhões com a venda de ações para que a Eletrobras pagasse bônus para alterar o modelo de venda de energia de suas usinas, passando a praticar preços de mercado.
O ministro defendeu que a privatização da estatal será boa para o consumidor, pois dará à empresa mais capacidade para investir.
— A Eletrobras perdeu a capacidade de investimento e está perdendo sua participação no mercado — argumentou.
Ele afirmou ainda que tem ouvido manifestações de interesse de investidores internacionais, citando como exemplo interessados da China, Estados Unidos, Espanha e Itália.
— Estamos trabalhando em um modelo mais atrativo para o investidor — disse.