A Uber, que em maio protagonizou um lançamento agitado em Wall Street, teve prejuízo de US$ 5,24 bilhões no segundo trimestre do ano. O anúncio teve uma reação imediata, e as ações da empresa caíram cerca de 11% nas negociações após o fechamento da Bolsa de Nova York desta quinta-feira (8).
Analistas esperavam um grande prejuízo devido aos custos do lançamento da Uber em Wall Street e à compensação paga em ações, mas não desta magnitude. Mesmo sem este elemento excepcional, o grupo teve prejuízo de US$ 1,3 bilhão entre abril e junho, 30% mais que no trimestre anterior.
Na semana passada, a empresa informou que planeja cortar, a nível global, o seu departamento de marketing. Tomada pelo presidente da instituição, Dara Khosrowshahi, a medida visa enfrentar o desaquecimento dos negócios.
"Hoje há uma sensação geral de que, embora tenhamos crescido rapidamente, desaceleramos", escreveu Khosrowshahi em e-mail, que citava ainda que cerca de 400 pessoas devem ser dispensadas.
As demissões atingem cerca de 1,6% da força de trabalho da corporação. Esta é a primeira reorganização significativa no setor de marketing e comunicação desde que Jill Hazelbaker assumiu o controle da divisão em junho, substituindo Rebecca Messina.
Por meio de sua assessoria de imprensa no Brasil, a Uber garante que os projetos voltados a cidade de Porto Alegre estão mantidos (é adotante do trecho novo da orla do Guaíba, por exemplo).