A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 18,9 bilhões no segundo trimestre de 2019, número 3,6 vezes maior do que os R$ 4 bilhões dos três primeiros meses do ano, quando a queda na produção de petróleo e menores margens nas vendas de combustíveis afetaram os números da petroleira. A estatal creditou o atual lucro alto pela conclusão da venda da TAG.
Em junho, uma semana após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), a Petrobras anunciou a venda de 90% da TAG, subsidiária que opera as malhas de gasodutos do Norte e Nordeste, à francesa Engie e à canadense Caisse de dépôt et placement du Québec, por R$ 33,5 bilhões. Foi a maior operação de venda de ativos da estatal até o momento.
Do valor total desembolsado pelas compradoras, R$ 2 bilhões serão usados para antecipar o pagamento de dívidas da TAG com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo a estatal, o lucro líquido contábil, excluídos fatores não recorrentes, do segundo trimestre de 2019 foi de R$ 5,2 bilhões.
De acordo com mensagem do presidente em comunicado publicado no balanço, o resultado do segundo trimestre foi beneficiado por fatores externos, como preços do petróleo, taxa de câmbio, crack spreads e desinvestimento de ativos.
No mesmo período do ano passado, a escalada dos preços do petróleo levou a Petrobras a lucro de R$ 10,072 bilhões no segundo trimestre, o que foi, na ocasião, o melhor resultado desde o segundo trimestre de 2011.
Então, na comparação de um ano para o outro, o lucro da empresa cresceu R$ 8,8 bilhões.