Um novo plano apresentado nesta quarta-feira (3) para fatiar a Avianca Brasil em sete partes, que poderão ser leiloadas entre diferentes companhias aéreas, vai proteger os passageiros que compraram bilhetes da empresa em recuperação judicial e elevar a arrecadação dos credores. A projeção é de Jerome Cadier, presidente da Latam, que anunciou ter intenção de comprar uma parte por ao menos US$ 70 milhões (R$ 268 milhões).
A Gol também soltou comunicado nesta quarta informando que vai participar do processo de compra de ativos da Avianca Brasil. A companhia afirma que assinou acordo vinculante com a Elliott – credora da Avianca – para entrar na disputa.
Pela proposta, os direitos de uso dos horários de pousos e decolagens da Avianca poderão ser fatiados para serem vendidos separadamente a diferentes empresas. O lance mínimo da Gol também será de US$ 70 milhões por pelo menos uma das partes, além de comprar da Elliott US$ 5 milhões em financiamentos.
— É um plano que arrecada mais para os credores porque eleva a disputa. Quando só há um competidor no leilão (como seria caso apenas a Azul se oferecesse para comprar a Avianca), o lance é mais baixo. Quando há várias empresas sendo leiloadas e várias empresas podendo participar do leilão, a chance de arrecadar é maior — diz Cadier.
Até agora havia apenas uma proposta na mesa sobre como poderia ser feita a recuperação judicial da Avianca. Era uma proposta que levaria à formação de uma única nova empresa e ela seria adquirida pela Azul.