SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ford Fiesta nacional deixou de ser um carro popular em 2013. As versões antigas com motor 1.0 saíram de linha, o carro ganhou mais itens de série e ficou mais caro. Com a queda nas vendas do modelo e o anúncio do fim da produção, os preços começam a cair.
Em uma concessionária na avenida João Dias, zona sul de São Paulo, um Fiesta preto 2019 é exibido no centro do showroom. O vendedor oferece ajuda e, sem precisar negociar, dá o preço já com desconto: R$ 50.990, ou R$ 3.050 a menos do que o pedido oficialmente pela Ford.
Com mais um pouco de conversa e pesquisa, o valor pode ser reduzido.
Na revenda da avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello (zona leste de São Paulo), o hatch da Ford é vendido por R$ 49.890 na cor branca.
Quem gosta de vermelho vivo acha negócios ainda melhores: em uma loja em Perdizes (zona oeste), o Fiesta mais chamativo de todos custa R$ 48.590.
Os preços valem para a versão SE 1.6 Flex (128 cv de potência). Os principais equipamentos são câmbio manual de cinco marchas, ar-condicionado, direção com assistência elétrica, sistema de som com bluetooth e comandos eletrônicos para abertura de vidros, travamento de portas e ajuste dos retrovisores.
Equipado com os mesmos itens, o Ka 1.0 SE Plus (85 cv) é oferecido por R$ 49.490 no site da Ford.
Todas as lojas consultadas ofereceram opções de financiamento sem juros para o Fiesta, mas há taxas que precisam ser consideradas -uma dessas é o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Para o parcelamento em 24 prestações, a entrada mínima é de 70% do valor anunciado.
Os gastos com documentação e seguro são baseados nas quantias sugeridas nas tabelas de preço, maiores do que os valores de venda praticados no mercado. Por isso, essas despesas tendem a ser superiores em comparação com modelos populares.
Todas as lojas consultadas tinham versões do Fiesta 2019 para pronta entrega, sinal da baixa procura pelo carro. Em janeiro, a Ford vendeu 655 unidades do modelo. No mesmo mês, o Ka teve 10.798 emplacamentos no Brasil. Os dados são da Fenabrave, entidade que representa as distribuidoras de veículos.
