Por causa de uma questão técnica, a inclusão de militares na reforma da Previdência terá que ser feita de por meio de um outro instrumento, mas será simultânea às mudanças gerais que o governo pretende entregar logo no início do ano Legislativo. A sinalização foi dada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao sair de um almoço com investidores em Davos, em um evento paralelo a Fórum Econômico Mundial.
— Há um problema técnico. A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) é para quem está previsto que está na Constituição. Os militares têm que ser (por um instrumento) ordinário —explicou Guedes a jornalistas.
Perguntado sobre se, nos dois casos, as propostas seriam enviadas de forma conjunta, o ministro respondeu:
— Se não for simultâneo, fica estranho.
Quando perguntado no fim do almoço sobre se as propostas seriam conjuntas e de que forma, Guedes repetiu o que havia já dito quando saiu do evento em participava anteriormente.
— Os miliares são patriotas. Gostam dessa ideia de liderar por exemplo — afirmou.
Na quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro havia dito, em entrevista à agência de notícias Bloomberg, que alterações no sistema de aposentadoria dos militares seriam propostas em uma segunda parte da reforma da Previdência.