Na primeira rodada de reuniões da manhã desta terça-feira, 27, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, decidiu que o Programa de Parceria de Investimentos (PPI), responsável pelas concessões e privatizações, deve ficar vinculado à Secretaria de Governo, a ser comandada pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz.
O futuro ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, ficará com a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), que deverá ter no comando o general Maynard Marques de Santa Rosa. A Empresa de Planejamento Logístico (EPL) ficará subordinada à SAE.
Santa Rosa chegou a ser cotado para ir comandar o PPI. A saída dele da área de concessões deverá provocar reações de Bebianno e sua equipe. Um general poderá ser o braço direito de Santos Cruz para comandar o PPI. Com Santos Cruz poderá ficar também a área de coordenação de governo, hoje na Casa Civil, que até agora estava definido que ficaria nas mãos do vice-presidente eleito, Hamilton Mourão.
Já está decidido que a Secretaria de Governo vai manter o status de ministério e também terá como atribuição o relacionamento com o Congresso e os partidos políticos, além da interlocução com os Estados e municípios e articulação com as entidades da sociedade civil. O presidente eleito, que só fica dois dias em Brasília esta semana, quer adiantar ao máximo a definição da sua equipe e até mesmo finalizá-la antes de voltar para o Rio de Janeiro. Não há definição ainda em relação aos desenhos dos ministérios da área social e desenvolvimento regional.
A área de comunicação do governo, hoje vinculada à Secretaria Geral, poderá ir para a Vice-Presidência, depois da disputa que houve entre o futuro ministro da Secretaria Geral, Gustavo Bebianno, e o filho do presidente eleito, Carlos Bolsonaro, que comanda as redes sociais do pai. Mas este desenho não está fechado.
O governo estuda nomear a senadora Ana Amélia para ser a porta-voz do governo, mas não se sabe ainda o que será feito com a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom). O general da reserva Floriano Peixoto Vieira Neto, que também comandou a missão do Brasil no Haiti, assim como Santos Cruz e outros integrantes do governo Bolsonaro, ajudou nos estudos da área de Comunicação. Ele, quando estava na ativa, integrou a equipe do Centro de Comunicação Social do Exército e poderia ajudar o vice-presidente nessa área, já que, em outro estudo, poderá absorver a Secom. Esta mudança, esvaziaria ainda mais Bebianno. Bolsonaro, no entanto, não bateu o martelo. Há uma preocupação com a administração das verbas de publicidade dessa área.
Bolsonaro disse que quer manter o Ministério do Turismo como uma pasta independente, pela importância que ela pode ter na geração de emprego e desenvolvimento do País. A pasta, no entanto, seria reformulada e absorveria alguns outros órgãos, mas o desenho deverá ser feito ainda nesta terça. Também não foi fechado o nome que comandará a pasta.