Os municípios de São Gabriel e Lavras do Sul irão receber, dentro de cinco anos, um parque eólico para captação de energia. O complexo recebeu em julho a primeira das três licenças necessárias começar a funcionar.
Conforme o analista de desenvolvimento da EPI Energia, Matheus Rippel, o projeto é uma parceria com a empresa alemã EAB New Energy GMBH, com a uruguaia SEG Ingenieria e com a Greenpower Brazil. O grupo pretende instalar 100 aerogeradores de 182 metros em um terreno de 8 mil hectares entre os dois municípios. O investimento é de R$ 1,5 bilhão.
De acordo com a Fepam, há algumas exigências para que o grupo possa fazer a instalação. As empresas terão cinco anos para conquistar as licenças de instalação – para poder construir – e de operação – para poder atuar. Rippel reforça que todo o encaminhamento para a atividade depende também de negociações sobre as linhas de transmissão de energia no Rio Grande do Sul, que hoje tem como empresas envolvidas a Shangai Eletric e a Eletrosul.
Os "cataventos" precisam estar a pelo menos 400 metros das casas próximas e 1,5 km de áreas urbanas. Além disso, será preciso destinar 0,5% do valor total do projeto em medidas compensatórias e implementar ações em áreas de preservação permanente no Estado.
Quando pronto, o parque poderá gerar 300 megawatts de energia, o suficiente para abastecer até 1,2 milhão de pessoas. O impacto positivo, de acordo com o analista, é que a energia eólica é considerada renovável, ou seja, vem de uma fonte inesgotável e não gera resíduos ou gases tóxicos. A expectativa é gerar 200 empregos, entre diretos e indiretos.
Conforme a Fepam, em todo o Estado são cinco parques eólicos em funcionamento, nos municípios de Tramandaí, Osório, Chuí, Santa Vitória do Palmar e Arroio do Sal. Além disso, em abril deste ano foi liberada a licença prévia para a construção de um parque eólico em São José do Norte que, quando pronto, deve ser o maior do RS, gerando até 870 megawatts.