A criação de empresas deve seguir em nível crescente no segundo semestre no Rio Grande do Sul. A avaliação de analistas é de que a abertura de negócios continuará sendo impactada pela retomada da economia brasileira em nível aquém do esperado no início do ano.
– O número de novas empresas não deve recuar. Por conta dos problemas no mercado de trabalho, as pessoas têm de buscar opções para sobreviver – resume o presidente da JucisRS, Itacir Amauri Flores.
Outro fator que pode frear novas contratações até dezembro resulta de incertezas geradas pelas eleições presidenciais. Com as interrogações no ar, empresas tendem a adotar postura mais cautelosa.
– O mercado de trabalho costuma ser mais aquecido no segundo semestre do que no primeiro. Mesmo assim, a tendência é de que o desempenho seja menor do que o esperado inicialmente. Todo o ciclo de recuperação da economia vem sendo prejudicado – menciona a economista-chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo.
Segundo analistas, os impactos da crise econômica têm forçado mais pessoas a mergulharem no chamado empreendedorismo por necessidade. Ou seja, devido à escassez de vagas no mercado de trabalho, esses empresários buscam criar seus próprios negócios.
– Há dois tipos de empreendedorismo, por oportunidade ou por necessidade, forma que reúne aquelas empresas que costumam fechar mais cedo. Isso ocorre porque muitas pessoas simplesmente se lançam em um negócio, sem o planejamento necessário – ressalta o gerente do Sebrae na Região Metropolitana, Paulo Bruscato.