As negociações de colaboração entre a fabricante brasileira de aviões Embraer e a americana Boeing foram concluídas. A parceria — que esbarrava na composição do conselho de administração da nova companhia — foi confirmada na manhã desta quinta-feira (5), em nota, no site da Embraer. As duas fabricantes vão formar uma nova empresa que envolverá a área de jatos comerciais da brasileira, ficando de fora os segmentos militar e executivo.
O acordo não-vinculante propõe a formação de um empreendimento de capital fechado que contempla os negócios e serviços de aviação comercial da Embraer, estrategicamente alinhada com as operações de desenvolvimento comercial, produção, marketing e serviços de suporte da Boeing. Nos termos do acordo, a Boeing deterá 80% da propriedade da joint venture e a Embraer, os 20% restantes.
Segundo o presidente da Boeing, Dennis Muilenburg, a parceria estratégica gera "valor significativo para os clientes, empregados e acionistas de ambas as empresas - e para o Brasil e os Estados Unidos" e "está claramente alinhada à estratégia de longo prazo da Boeing de investir em crescimento orgânico e retorno de valor aos acionistas, complementada por acordos estratégicos que aprimoram e aceleram nossos planos de crescimento".
Mesmo após o anúncio do negócio, a implementação do projeto ainda dependerá do aval do governo e da aprovação dos órgãos reguladores nacionais e internacionais, além dos conselhos de administração das empresas.
Interlocutores do governo estimam que serão necessários de três a quatro meses para realização de auditorias e avaliações jurídicas sobre a negociação. Somente ao final desse processo, o governo será formalmente comunicado e irá se manifestar para dar aval ou não ao acordo.