Na manhã desta quarta-feira (7), o relator da reforma da Previdência, Arthur Maia (PPS-BA), apresentou um novo texto da reforma da Previdência e admitiu mudanças, desde que conquistem votos favoráveis. Uma das modificações possíveis diz respeito às reivindicações dos policiais sobre integralidade dos vencimentos e a diferença entre idade mínima de homem e mulher, essa última também uma reivindicação dos professores.
— Isso são pontos colocados e não estão impedidos de constarem no texto. Porque o plenário da Câmara pode discutir e fazer alterações. Eu, como relator, posso dizer que só façamos qualquer tipo de alteração que tenham resultado em voto. Não adianta fazer concessão para quem está contra a reforma — disse.
O texto apresentado nesta quarta trouxe apenas uma novidade em relação ao último apresentado, que é a concessão da pensão integral para cônjuges de policiais mortos em combate. O governo pretende iniciar a votação do texto no dia 19. Caso seja aprovado na Câmara, vai para votação no Senado. O objetivo é concluir a tramitação até 28 de fevereiro, por isso, o Planalto corre contra o tempo para conquistar os votos que ainda faltam.
De acordo com o relator, o texto não será modificado até o início das discussões. O líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), negou que o início dos trabalhos sejam tardios e destacou os esforços para buscar o apoio necessário para aprovar a reforma.
— Até o dia 28, espero que a gente tenha construído esse cenário com a base para a aprovação. A ideia do presidente da Câmara (Rodrigo Maia) que tem o comando da pauta da Casa, é que a partir do dia 19 discutiremos e vamos trabalhar para concluirmos até o fim de fevereiro. Se o presidente incluir na pauta, e abrirmos o plenário no dia 20, passa a ser a inclusão da matéria onde será apresentada a emenda aglutinativa— disse, conforme o site G1.
Ele afirmou que o governo fará a parte dele e que, caso não consiga os 308 votos, será uma decisão da sociedade brasileira.