O presidente da Todeschini, João Farina Neto, disse que ainda não tem data para o início das obras de ampliação da fábrica de móveis de Bento Gonçalves. Após cinco anos de espera, foi entregue nesta segunda-feira (22) a licença de instalação que permite o início dos trabalhos. No entanto, a recessão fez com que a empresa colocasse o pé no freio.
— Não temos mais a urgência que tínhamos quando entramos com o projeto. Vamos fazer a obra, mas agora não temos pressa — afirmou o presidente da Todeschini.
A preparação do terreno deve levar quase um ano. Neste período, será avaliado para quando e como será a ampliação. Segundo Farina Neto, a previsão é de que os trabalhos de terraplenagem sejam iniciados no segundo semestre ou ainda no início do ano que vem.
A empresa foi sondada pelo governo de Alagoas para levar os investimentos para o Nordeste, em 2015. Na época, a licença do Ibama travava o processo. Embora o projeto encaminhado à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) tenha pedido permissão para uma estrutura que permite que a capacidade produtiva da empresa seja ampliada de 3,5 milhões para 11,9 milhões de unidades de peças por mês, os planos da empresa estão sendo revisados porque o presidente diz que a atual fábrica está com 30% de ociosidade.
Pelo projeto, a Todeschini poderá ser ampliada em 216 mil metros quadrados, sendo 97 mil de área construída. Hoje, a fábrica tem 55 mil metros quadrados.
O valor do investimento ultrapassava R$ 400 milhões porque incluía também uma fábrica de chapas de madeira em Cachoeira do Sul, na Região Central, projeto que foi engavetado. Segundo o presidente da fábrica, o valor deve ficar em um terço do estimado. Com isso, o número de empregos previstos também deverá ser menor, na ordem de mil vagas.