O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira (29) que a situação no Congresso já é "bem melhor" para a aprovação da reforma da Previdência. Temer mostrou otimismo sobre a possibilidade de o projeto ser aprovado pelos deputados na volta do recesso parlamentar.
— Eu acho que a situação é bem melhor. Conseguimos fazer uma comunicação muito adequada, esclarecendo para a população o que é a Reforma da Previdência. Nós conseguimos esclarecer que a reforma não atinge os mais carentes. Quem ganha até dois salários mínimos ou até o teto da Previdência, não vai ter nenhuma diferença — explicou em entrevista nesta manhã ao Programa "Jornal Gente" da Rádio Bandeirantes.
Temer destacou também que o governo excluiu da reforma da Previdência os trabalhadores rurais e tratou com naturalidade as "angústias" de deputados em relação ao tema, por causa do clima de eleições.
— O período é um pré-eleitoral. É natural que deputados tenham angústias sobre a reeleição. Realmente divulgou-se que a Previdência ia acabar com todos os trabalhadores. Agora está mudando essa concepção. Quem não votar pela Previdência estará fazendo mal ao país — afirmou.
Temer pediu a oportunidade ainda de falar de uma "inverdade" sobre a mudança na idade mínima para aposentadoria. O presidente explicou que a alteração para 65 anos só irá ocorrer daqui a 20 anos.
— Quem faz as contribuições hoje se aposenta com 55 anos. Daqui a 20 anos é que vai se estabelecer a idade (mínima) de 65 anos. É uma reforma muito suave, mas fundamental para o país — justificou.
O presidente defendeu que a reforma da Previdência seja aprovada ainda este ano porque, caso isto não ocorra, continuará sendo um tema debatido nas eleições ou em próximos governos.
—Se não aprovarmos a Previdência, ela será um tema permanente para candidatos este ano — disse.