O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (MDB-RR) afirmou nesta quarta-feira, 31, que o governo trabalha para que a Previdência seja aprovada em fevereiro, mas que a palavra final da votação ou não do texto é do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
"Quem tem que falar é a Câmara, não sou eu. Eu estou ajudando e estou na torcida para que seja aprovado", disse Jucá.
Ele destacou que as pesquisas mostram que está diminuindo a resistência em relação a reforma. "Já há uma compreensão, a rejeição à reforma, que era alta, agora não tem mais essa força", comentou.
Jucá disse acreditar que o governo está "no caminho para que essa discussão possa ser amadurecida" e que as discussões mais fortes devem acontecer em 19 e 20 de fevereiro. "A partir daí, o presidente Rodrigo Maia terá condições de pautar ou não, cabe a ele pautar essa matéria", afirmou, ressaltando que Maia é o "senhor do calendário" já que ele comanda a agenda.
Questionado se defende a postura de alguns auxiliares do presidente Michel Temer de colocar o texto em votação mesmo sem os votos, Jucá afirmou que defende que "o governo afira isso em fevereiro. "Eu não vou discutir se vai ter voto ou não ter voto, até porque estamos trabalhando e nosso objetivo é ter voto", disse.
O senador afirmou que o MDB fechou posição a favor da reforma e isso será "cobrado" e disse que espera que ela seja votada em fevereiro na Câmara para que o Senado possa ter prazo para apreciá-la.
PTB
O líder do governo no Senado minimizou o impacto do imbróglio envolvendo a suspensão da nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do trabalho e disse que o PTB não tem razão para causar problemas ao governo. "O PTB manteve a indicação da Cristiane e em tese o presidente está aguardando e mantendo compromisso com PTB", disse, destacando que "preenchimento de ministério não esta relacionado à votação da previdência".
Nos bastidores, auxiliares do presidente admitem que o ideal seria que o PTB indicasse um novo nome, mas que no ponto que chegou, Temer sabe que a batalha no Judiciário se transformou em política e não voltará atrás na nomeação.